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Falta do Centro de Convenções e política equivocada provocaram queda de fluxo de turistas, afirma Tinoco

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Apesar de reconhecer que a Bahia vice uma crise no turismo, Tinoco explicou que Salvador está em recuperação  |   Bnews - Divulgação Vagner Souza/BNews

Publicado em 23/01/2019, às 18h50   Redação BNews


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Começando a série de matérias sobre o "Turismo em Crise", o BNews entrevista o secretário de Cultura e Turismo de Salvador, Cláudio Tinoco, que explica os motivos que levaram a capital baiana e a Bahia e perderem os turistas para outros estados do Nordeste. Segundo o secretário, houve uma queda de fluxo, por falta do Centro de Convenções, aeroporto precário e uma política equivocada e tardia de incentivo fiscal para as companhias aéreas.

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"A Bahia sempre foi projetada para o turismo nacional e internacional como um grande destino, que envolve história e cultura, as belezas naturais, as festas populares, carnaval, mas tudo isso vinculado as expressões dessa arte, da musicalidade, dessa cultura baiana. A gente tem uma crise da produção artística, sobretudo musical há muito tempo[...] nessa última década a Bahia além de perder esse vigor de produção artística, musical, intelectual, viveu crise de infraestrutura: perdemos o Centro de Convenções e foi o último estado a ter o aeroporto inserido na rodada de concessão. Até 2016, a nós tínhamos o pior aeroporto do Brasil", explicou Tinoco.

Outra questão levantada pelo secretário foi a demora para baixar a alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) do querosene de aviação. Segundo Tinoco, todos os Estados do Nordeste, que concorrem com a Bahia, tomaram a decisão muito antes de diminuir o imposto, o que fez com que o estado perdesse o Hub das empresas aéreas para o Ceará e Recife, o que fez com que esses estados concorressem fortemente com a Bahia e, consequentemente, Salvador.

Segundo Tinoco, a crise se agravou ainda mais com a escolha de Salvador como sede da Copa do Mundo do Brasil: "A Fifa levou ao Governo Federal que Salvador precisaria ter 50 mil leitos para atender como cidade sede se estimulou muito a implantação de hotéis em Salvador [...] O mercado precisou se adaptar a uma oferta que foi ampliada, sem a demanda, sem o fluxo ser ampliado. Claro que Salvador como capital, como portão de entrada para o turismo da Bahia entrou também nessa mesma onda e teve um prejuízo".

O secretário explicou que, com a gestão de ACM Neto, com a requalificação da orla e de vários pontos da cidade, a Secult começou a investir na promoção da cidade: Salvador está pronta para ser vendida.

Tinoco fala sobre os fechamentos de hotéis e restaurantes, a expectativa com a inauguração do Centro de Convenções Municipal, a segurança pública nos pontos turísticos e muito mais.

Confira a entrevista:

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