Política

VÍDEO: "Eu não sou preconceituoso", desabafa Nikolas Ferreiraapós condenação por transfobia

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O bolsonarista foi condenado a pagar uma indenização de R$ 30 mil a também deputada Duda Salabert por se referir a ela com pronomes masculinos  |   Bnews - Divulgação Reprodução / Redes Sociais
Daniel Serrano

por Daniel Serrano

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Publicado em 06/12/2023, às 10h34


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O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) se posicionou sobre a condenação em segunda instância em processo movido pela também parlamentar Duda Salabert (PDT-MG), que o acusa de transfobia. O processo foi aberto depois que o bolsonarista se referiu à parlamentar com pronomes masculinos. Por isso, ele terá que pagar uma indenização de R$ 30 mil à deputada.

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Em suas redes sociais, o parlamentar postou seu discurso no plenário da Câmara dos Deputados em que crítica a decisão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). O bolsonarista garantiu que não é preconceituoso, mas que o “desejo” e a “vontade” de cada um “não pode se tornar um ensejo de direitos e deveres para o outro”.

"Eu sabia que esse dia iria chegar, onde a verdade não é mais aquilo que você vê, é aquilo que o interlocutor te impõe. E muitos pode se pensar: 'mas por que que o Nikolas tem tanto essa pauta, porque ele briga.., deixar as pessoas ser o que elas quiserem!'. E eu digo você pode ser o que você quiser! Se você quiser se pintar de cinza, botar uma luz na cabeça e sentir um poste, seja um poste. Eu não sou preconceituoso. Agora, o seu desejo, a tua vontade não pode se tornar um ensejo de direitos e deveres para o outro", disparou Ferreira.

Ainda de acordo com o parlamentar, esse tipo de posicionamento seria uma forma de "amordaçar, calar, tentar desencorajar" a população a ter um pensamento diferente. "Eu não acredito que tenha 70 e tantos gêneros. Eu acredito que existem homem e existe mulher. Isso também será considerado transfobia? Dizer que eu discordo de um comportamento sexual é considerado agora homofobia? Eu sou criminoso por isso?”, questionou.  

O bolsonarista disse ainda seria preciso prender "mais de 80% da população brasileira" que, segundo o parlamentar, pensa que nem ele.

"Não me envergonho por ter sido condenado a isso. Afinal de contas, eu sei que aqueles que perseguem a verdade serão perseguidos por coisas injustas. A discussão aqui não é sobre homosexualidade. A discussão aqui é sobre o ativismo LGBT que tem tentado calar, tem tentado amordaçar qualquer um que se opõe", finalizou. 

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