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VÍDEO: Militar bolsonarista diz que quem faz o L “tem que morrer”; veja

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“Quem faz o L é terrorista”, disse o militar bolsonarista  |   Bnews - Divulgação Reprodução / Redes Sociais

Publicado em 29/11/2022, às 14h26   Cadastrado por ES


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Ronaldo Ribeiro Travassos é um militar da Marinha que aparece em áudios e vídeos que estão circulando em grupos de WhatsApp incentivando os atos antidemocráticos em frente aos quartéis das Forças Armadas. Ele defende também o assassinato de brasileiros que votaram no presidente da República eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). As informações são da Folha de S. Paulo.

De acordo com o apoiador de Jair Bolsonaro (PL), Lula não tomará posse em 1º de janeiro. Atualmente, o militar está lotado no Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI), chefiado pelo general Augusto Heleno, um dos aliados fiéis de Bolsonaro.

Aí, pessoal, está lotado! 24 de novembro de 2022, horário do jogo do Brasil, mas o povo não quer nem saber do jogo do Brasil, o povo está aqui, lutando pelo Brasil. Agora eu tenho certeza que o ladrão não sobe a rampa. Agora, você está bonitinho aí em casa, quando o seu filho virar um boiola ou a sua filha uma sapatão esquerdista, não reclame. Não reclame da sua vida, entendeu? Não reclame porque nós estamos aqui lutando por você. Brasil acima de tudo, Deus acima de todos. Estamos juntos!", disse o bolsonarista em uma gravação foi no dia da de estreia do Brasil na Copa do Mundo.

Assista ao vídeo:

Em nota, o GSI afirma que não é sua competência "autorizar servidores para que participem de qualquer tipo de manifestação" e que "as supostas declarações demandadas são de responsabilidade do autor em atividade pessoal fora do expediente".

Em outro momento, o militar fala, em um áudio, sobre a hipótese de o presidente eleito Lula não tomar posse.

O general Brandão me perguntou lá no gabinete: Marujo, o que você acha? Acho não, tenho certeza, o ladrão [em alusão a Lula] não vai subir a rampa. Por que você diz isso? Porque eu confio no povo que tá lá no QG, em todos quartéis Brasil afora, confio nos caminhoneiros e nos índios. Se as Forças Armadas não fizerem nada, nós vamos fazer."

Ainda segundo a Folha, além das falas golpistas, o militar diz que haverá uma "guerra civil" no país. Em mensagem enviada a um grupo em resposta a Estevão Luiz Soares, outro militar da Marinha lotado na Presidência, Travassos disse:

Estevão, apagou por quê? É isso mesmo, tem um monte de colega omisso. Tem gente aqui nesse grupo, tem grupo de fora, meu prédio tem 17 moradores, dos 17, seis fazem o L. Nós precisamos saber quem é quem, porque a guerra civil vai rolar", escreveu.

Travassos afirma ainda que defenderia qualquer patriota, como os apoiadores de Bolsonaro se autointitulam, mas daria um tiro na cabeça do próprio irmão se ele fizesse o L, gesto característico dos eleitores de Lula.

Não tô falando isso de brincadeirinha, não, é sério. Quem faz o L é terrorista. Tem que morrer mesmo, ou mudar ou morrer, porque não tem jeito uma pessoa dessa", diz ele, que é militar da ativa e, portanto, não poderia participar de manifestações político-partidárias.

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