Política

VÍDEO: Senadora defensora do cigarro eletrônico toma atitude inusitada durante audiência

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O assunto divide opiniões, apesar da proibição da Anvisa, a senadora defende a regulamentação  |   Bnews - Divulgação Reprodução: Montagem

Publicado em 23/05/2024, às 10h08   Rebeca Silva



Um projeto no Senado Federal, apresentado por Soraya Thronicke (Podemos-MS), cria regras para produção, comercialização, fiscalização e propaganda do cigarro eletrônico, conhecido como “vape”.

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) proíbe a venda, importação e propaganda desde 2009.

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O projeto foi debatido em uma audiência pública no Senado, na última terça-feira (21). O assunto divide opiniões, apesar da proibição da Anvisa, Soraya defende que a venda do produto segue ocorrendo “sem nenhuma regulamentação” e isso “prejudica desde a saúde à segurança pública”.

“Somente pela regulamentação é que teremos controle sobre os fabricantes, comercializadores e sobre a saúde dos consumidores, uma vez que estaremos cientes da procedência do que será colocado no mercado brasileiro. Espero que esse debate possa contribuir ao máximo com o tema e assim, avançarmos na pauta”, afirmou a senadora.

Thronicke questionou “quantos atestados de óbito existem no Brasil contendo a causa mortis atrelada aos dispositivos eletrônicos de fumar?”. “O que nós queremos é frear, é regulamentar, porque hoje é possível tudo” afirmou.

Durante o debate houve uma mobilização de algumas pessoas usando camisetas com as frases “Vape salva vidas” e “Vape não é brinquedo", divulgando um site que apresenta informações para “não apoiar a proibição do comércio de cigarros eletrônicos no Brasil”.

Intitulado “Vape seguro”, o portal diz que existe uma “campanha ideológica que defende interesses próprios e não quer que a verdade seja conhecida” e apontam que "organizações de saúde e até profissionais da saúde estão envolvidos e repassando falsas informações na mídia". O site mostra dados do uso do cigarro eletrônico, existem cerca de 4 milhões de utilizadores.

Parlamentares criticam "propaganda enganosa" sobre os cigarros eletrônicos

Girão e Malta são contrários ao projeto e chamaram de "propaganda enganosa" sobre os cigarros eletrônicos.

“Não só deve ser proibido como deve ser reforçado a campanha frente as fiscalizações para que sejam mais fortes, com multas maiores, proibindo e aumentando penas, porque é uma arma química contra os jovens”, disse o senador Eduardo Girão (Novo-CE) à Gazeta do Povo.

Países que o cigarro eletrônico é liberado 

De acordo com dados da  Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2021, 32 nações vetaram o comércio do produto. Outros 79 países - entre eles territórios como Estados Unidos, Inglaterra e Alemanha - liberaram, com maior ou menor grau de restrição, o dispositivo, segundo a organização global.

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