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Governo brasileiro reforça vigilância após 1º caso de peste suína africana nas Américas

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Trata-se do primeiro registro da doença no continente americano desde a década de 80  |   Bnews - Divulgação Divulgação/Mapa

Publicado em 02/08/2021, às 12h54   Redação BNews


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O governo brasileiro reforçou a vigilância em portos e aeroportos após o primeiro caso de peste suína africana (PSA) nas Américas, informou o Ministério da Agricultura (Mapa) na sexta-feira (30). Trata-se do primeiro registro da doença no continente americano desde a década de 80, quando a doença foi considerada erradicada, após ocorrências no Brasil, em Cuba, no Haiti e na própria República Dominicana. 

A doença foi registrada na República Dominicana no dia 29 de julho. O diagnóstico foi feito pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) e, após a confirmação, o país notificou à Organização Mundial da Saúde Animal (OIE).

“Reforçamos as recomendações para vigilância em portos e aeroportos, para assegurar que companhias aéreas e marítimas e viajantes obedeçam às proibições de ingresso de produtos que representem risco de pragas e doenças para a agropecuária”, destaca o diretor de Saúde Animal, Geraldo Moraes. 

“É fundamental que os suinocultores e as agroindústrias intensifiquem os procedimentos de biossegurança nos estabelecimentos de criação, especialmente sobre a entrada de animais, alimentos, insumos e visitantes, e notifiquem imediatamente quaisquer casos suspeitos da doença ao serviço oficial de saúde animal, para a pronta investigação”, alerta Moraes. 

Ainda segundo o órgão, o Departamento de Saúde Animal da Secretaria de Defesa Agropecuária do Mapa está em estreito contato com as autoridades de saúde animal da República Dominicana, com os organismos regionais e com a representação da OIE nas Américas, visando aprofundar o conhecimento sobre a situação da ocorrência, além de disponibilizar apoio para a eliminação dos focos e contenção da disseminação do vírus, permitindo recuperação da condição do continente americano de livre da PSA. 

Peste Suína Africana 

A Peste Suína Africana é uma doença viral que não oferece risco à saúde humana, mas pode dizimar criações de suínos, pois é altamente transmissível e leva a altas taxas de mortalidade e morbidade. Considerada pela OIE como uma das doenças mais relevantes para o comércio internacional de produtos suínos, a PSA afeta somente suínos. 

Atualmente, o Brasil é o quarto maior produtor e exportador mundial de carne suína. Produziu 4,436 milhões de toneladas em 2020 - cerca de 4,54% da produção mundial - e exportou 1.024 mil toneladas - 23% da produção nacional - para 97 países. 

No Brasil, a doença foi introduzida em 1978 no estado do Rio de Janeiro, por meio de resíduos contaminados de alimentos provenientes de voos internacionais com origem em países onde a doença estava presente. A última ocorrência de PSA no Brasil foi registrada no estado de Pernambuco, em novembro de 1981, e as medidas aplicadas pelo serviço veterinário oficial brasileiro permitiram a erradicação da doença em todo seu território e a declaração de país livre de PSA em 1984. 

Classificação Indicativa: Livre

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