Coronavírus

Rui Costa diz que ideal seria lockdown total de até 20 dias, mas que não pode deixar o povo "morrer de fome"

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Governador destacou que boa parte da população baiana sobrevive do comércio, sobretudo informal  |   Bnews - Divulgação Vagner Souza/BNews

Publicado em 03/03/2021, às 15h06   Laiz Menezes e Luiz Felipe Fernandez


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Pressionado por diferentes setores do comércio pelas recentes medidas restritivas decretadas em todo o estado, o governador Rui Costa (PT) afirmou nesta quarta-feira (3) que o ideal era que fosse possível determinar o fechamento total de todas as atividades por 20 dias consecutivos.

O governador, no entanto, reconheceu que a medida seria fatal para boa parte da população baiana, que sobrevive pelo trabalho no comércio local e, em sua maioria, informal. 

"Estamos em um estado que tem um número de informais muito grande, pessoas que trabalham para botar comida em casa à noite, e precisamos salvar essas pessoas, para que não morram da doença nem pela fome", declarou o governador em coletiva de imprensa durante a reinauguração do hospital de campanha na Arena Fonte Nova.

Sobre os protestos de comerciantes e outros segmentos sociais, o governador destacou que parte deles é compreensível, pois reúnem pessoas que "estão tentando sobreviver".

Mas há ainda aqueles que, segundo o governador, se alinham ideologicamente ao presidente Jair Bolsonaro, adotando um posicionamento negacionista em relação à pandemia de Covid-19 e endossam o seu "discurso de ódio". 

"Parte das manifestações são legítimas, são de pessoas que estão tentando sobreviver, mas parte das manifestações são conduzidas por pessoas de perfil ideológico que tem nome e sobrenome, de pessoas alinhadas ao presidente da República, ao seu discurso de ódio. A outra parte não, são pessoas que precisam garantir a sua sobrevivência. Eu vim da Liberdade, sei o que é passar fome", justificou o petista.

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