Coronavírus

“Nessa condição atual, novos desligamentos virão pela frente”, diz representante do setor de bares e restaurantes

Dinaldo Silva/BNews
O presidente ainda reforça que bares e restaurantes são ambientes seguros  |   Bnews - Divulgação Dinaldo Silva/BNews

Publicado em 07/04/2021, às 11h58   Brenda Viana e Nilson Marinho


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O toque de recolher estipulado para 20h aqui na Bahia para conter a proliferação do novo coronavírus ainda está sendo pauta para diversas associações, principalmente para os donos de estabelecimentos.  O presidente da Associação  Brasileira de Bares e Restaurantes da Bahia (Abrasel), Leandro Menezes, explica que para cumprir o decreto é preciso encerrar as atividades 19h, e isso acaba prejudicando o, segundo ele, principal horário de lucro, que é o turno da noite. Conforme o presidente, a falta de extensão do horário pode ocorrer em uma demissão em massa. 

“Foi observado que mais de 90% das empresas tiveram que fazer algum tipo de desligamento. Nessa condição atual, novos desligamentos virão pela frente e, na verdade, se não mudar nada, com o indicativo que 70% não retomam suas atividades definitivamente, a gente vai conseguir, infelizmente, enxergar uma demissão massiva”, comentou ao BNews na manhã desta quarta (07).

Durante a manifestação que ocorreu nesta manhã em frente à Procuradoria Geral do Estado, no Centro Administrativo da Bahia (CAB), Menezes enfatizou que esse horário de 19 horas pode ainda ser prejudicial para os mais de 57 mil estabelecimentos espalhados pelo estado e 17 mil na capital baiana. “Essa retomada que foi imposta para bares e restaurantes ela não tem uma eficácia muito grande, então a maior parte do faturamento do nosso setor está se concentrando no turno da noite e com esse toque de recolher que nos impede de funcionar a partir das 19h e não receber mais clientes, você acaba limitando ou até mesmo impedindo o funcionamento no turno da noite que tem uma importância muito grande”. 

Ele pede para que o governador Rui Costa (PT) estenda o horário para às 22 horas para poder ‘entrar dinheiro’ e que os empresários consigam pagar os funcionários, além da folha de pagamento que vence nesta quarta (07). “Um pesquisa nacional da Abrasel já apontou que 90% das empresas não têm condições de honrar com as folhas de pagamento que vence hoje e que a gente use exemplos prático que já foram feitos no Rio Vermelho e em Itapuã, onde proibimos o consumo de bebidas alcoólicas em vias públicas”, relembrou.

O presidente ainda enfatiza que os bares e restaurantes são ambientes seguros e que podem ficar abertos, pois há protocolos que são seguidos para evitar a contaminação do vírus entre os clientes.  “Então é importante para o bar e restaurante ter a liberação da bebida alcoólica, afinal, todo mundo que vai sair para jantar quer tomar um drink, uma garrafa de vinho e, responsavelmente, fazer esse consumo e voltar para a sua casa. Então bares e restaurantes, eu repito, não existe aglomeração e existem protocolos seguros que precisam seguir esse consumo na rua que gera aglomerações”, finalizou.

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