Cultura

I Marcha Estadual contra LGBTfobia ignora “políticos oportunistas”

Publicado em 18/05/2015, às 11h19   Tony Silva (Twitter: @Tony_SilvaBnews)


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O colorido do público toma conta da Barra, na tarde deste Domingo (17), com a I Marcha contra LGBTfgobia, que levou um público de mais 150 pessoas de diversas cidades do interior da Bahia, com expectativa dos organizadores de concentrar mil pessoas. Uma das organizadoras do evento, Rebeca Benevides, disse à reportagem do Bocão News que políticos oportunistas que se aproveitam da bandeira LGBT para se promover e fazer dos movimentos palanques políticos são ignorados. 
“Viemos aqui para expor nossas políticas públicas, na saúde, educação, cultura e trabalho. Enquanto fazemos isso, não prestamos atenção se alguém, seja até político, está se aproveitando de nossa pauta. Mas se um político chegar aqui ele não terá espaço de palanque, mas será acolhido como qualquer pessoa”, comenta Rebeca, que também criticou o projeto de lei que trata do Dia do Orgulho Hetero.
“Isso é um retrocesso para nós porque garantimos, enquanto movimento social, a construção de duas importantes, como o dia 17 de maio, que retirou do CID (Classificação Internacional de Doença) a condição homossexual como doença”.
Na concentração, que aconteceu no Cristo da Barra, o transformista Gilvan Dias, que é um dos organizadores da marcha e presidente da Associação das Musas de Castro Alves do Recôncavo (ASMUSADECAR) conversou com a reportagem do Bocao News e disse que o público LGBT do interior do estado vem se unir ao de Salvador para pedir o fim da violência psicológica e física decorrentes de todas as fobias de gênero.
 “Hoje,queremos dar um alerta para que todo tipo de fobia e ódio contra a orientação sexual de outra pessoa deixe de existir e de ser motivo de agredir e até matar o outro. Isso é absurdo e falta de humanidade”, disse.
Diversos grupos e organizações em defesa das causas LGBT se concentraram no Morro do Cristo. A fundadora do grupo “Tire Sua Bike do Armário”, Larissa Moraes, 31 anos, busca nas atividades esportivas a aproximação de todas as classes e o combate ao preconceito. “Realizamos encontros, ações esportivas com todos os públicos, inclusive o LGBT, e acreditamos que através dessa aproximação as pessoas passarão a entender e respeitar o outro independentemente da orientação sexual. Somos iguais e todas as classes precisam andar juntas”, explica.

Nota originalmente postada dia 17

Classificação Indicativa: Livre

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