Economia & Mercado

Lideranças negras ainda são minorias nas grandes empresas, afirma pesquisa

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Somente 30% dos cargos gerenciais no país são ocupados por pessoas negras  |   Bnews - Divulgação Ilustracao Freepick

Publicado em 18/11/2021, às 20h24   Redação Bnews


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Com o passar dos anos a sociedade mundial, e especificadamente a brasileira vem dando mais oportunidades para profissionais negros no mercado de trabalho, mas baseando-se nos dados de pesquisas realizadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgados recentemente, esses espaços abertos ainda não tornam essas oportunidades igualitárias. 


Um estudo do IBGE de 2019 aponta que somente 30% dos cargos gerenciais no país são ocupados por pessoas negras. Em 2020, um levantamento do Vagas.com com 238.636 candidatos, sendo 125.745 negros, indicou que esse perfil só é maioria em posições operacionais (47,6%) e técnicas (11,4%). Em cargos de nível pleno, profissionais negros representavam 8,9% do total e na direção ocupavam 0,7% das posições. Já em 2021, em uma pesquisa do Instituto Guetto com 245 profissionais negros, apenas 15,5% deles afirmaram existirem profissionais negros trabalhando em cargos de dono ou sócio, vice-presidente ou diretor.

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Ter referências negras ocupando cargos de liderança é essencial. Um desses grandes exemplos nacionais e o executivo Maurício Rodrigues, ocupante da presidência da divisão agrícola da Bayer na América Latina ele é engenheiro civil com especializações em finanças dentro e fora do país, e estruturou nos últimos anos a transição de CFO, cargo que ocupa desde 2018, para CEO, através de processos de avaliação de talentos e de sucessão na Bayer. Em entrevista concedida ao site Negócios Valor, o evecutivo falou um pouco sobre sua carreira e sobre as questoes raciais em meios empresariais,“Esses processos me proporcionaram olhar para outras possibilidades na minha própria carreira que anos atrás eu não enxergava”, afirma o executivo. 


Como CEO, ele tem o desafio de acelerar a transformação digital e a transição sustentável do negócio e diz que fomentar um ambiente inclusivo é chave para chegar lá. Para ele, o desafio do mercado é ir além da conscientização, estabelecendo mais metas e trabalhando a interseccionalidade na esfera geral de diversidade. 

“Essa maior visibilidade como CEO tem um papel importante não apenas na minha representatividade como um líder negro, mas também na ampliação dos fóruns dos quais participo e, consequentemente, dos ambientes em que posso influenciar com o tema. Mas essa agenda precisa ser uma responsabilidade de todos os líderes”, afirma. 

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