O Aeroporto Internacional Luis Eduardo Magalhães, em Salvador, está passando por um momento complicado. Há alguns meses o número de voos nacionais e internacionais sofreu uma redução de 26,4%, o que representa 1.608 pousos e decolagens.
Com a diminuição do poder aquisitivo do brasileiro e crise no turismo de negócios, o que em Salvador é agravado pela degradação do Centro de Convenções da Bahia, as companhias aéreas acenderam o sinal amarelo. A gota d´água foi a questão tributária. Enquanto a alíquota de ICMS para combustível de aviação, que representa aproximadamente 50% dos custos das empresas aéreas, na Bahia é de R$ 18%, em Brasília e Pernambuco é de 12%.
É justamente a capital pernambucana que está abocanhando a fatia perdida da Bahia. A perda da liderança da Bahia no Nordeste foi intensificada por conta da implantação de um “hub” (centro de operações no jargão aéreo) da Azul Linhas Aéreas em Recife, que passou a ofertar mais oito voos diários a partir da cidade.
Por conta disso, além de a capital baiana perder turistas, os lojistas do Aeroporto também saem no prejuízo. Somente na última semana, duas lojas foram fechadas, uma delas a Central do Carnaval, segundo Franc Neto, presidente da Associação dos Concessionários Aeroportuários de Salvador.
Franc afirmou ao Bocão News que o fator de maior preocupação dos concessionários é a alta alíquota de ICMS porá os combustíveis, o que tem feito as companhias aéreas levarem os voos para estados onde o tributo é menor. A Associação dos Concessionários enviou carta ao governo do Estado apresentando a insatisfação com relação à situação do Aeroporto de Salvador, mas ainda não obtiveram um retorno. Confira carta abaixo:
No dia 19 de setembro, o secretário José Alves, do Turismo recebeu representantes da Associação para tratar desses gargalos e se comprometeu a buscar uma solução junto ao governo da Bahia. Agora, os permissionários aguardam um sinal de solução dos problemas.
