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Especialistas explicam morte de Tarcísio Meira após duas doses da vacina contra Covid-19

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Aos 85 anos de idade, Tarcísio estava em uma faixa de idade em que há a chamada imunossenescência, que é o envelhecimento do sistema imune, responsável pelo combate às doenças no corpo humano  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Instagram

Publicado em 12/08/2021, às 17h08   Redação BNews


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A morte de Tarcísio Meira por complicações da covid-19, doença causada pelo coronavírus, mesmo após ter sido vacinado contra a doença foi utilizada para lançar dúvidas sobre a efetividade dos imunizantes. Especialistas ouvidos pelo jornal O Globo explicam que o caso não significa um atestado de falta de efetividade dos imunizantes, mas, na verdade, o agravamento do quadro está intimamente ligado ao funcionamento do sistema imune do corpo.

Aos 85 anos de idade, Tarcísio estava em uma faixa de idade em que há a chamada imunossenescência, que é o envelhecimento do sistema imune, responsável pelo combate às doenças no corpo humano.

De acordo com o estudo que analisou a efetividade da CoronaVac, a vacina apresentou potência para evitar 80,1% das hospitalizações e 86% dos óbitos quando avaliados o público de 70 a 74 anos. Porém, quando a análise é fatiada para quem tem 80 anos ou mais, há uma importante queda na robustez da proteção: a efetividade para hospitalizações cai para 43,4% e, de mortes, para 49,9%.

“Existe uma tendência de queda de anticorpos produzidos pela vacina de acordo com o tempo (decorrido após a imunização). Isso para todos, mas com maior intensidade pelos idosos, que tem essa questão da imunossenescência. Ou seja, eles respondem menos à vacina e a tendência, diante dessa resposta imune menor, seria um impacto na proteção (contra a Covid-19)”, afirmou Julio Croda, pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul.

Vale lembrar que nenhuma vacina é 100% eficaz para casos sintomáticos, internações e mortes. “Não dá para afirmar que alguém que tomou duas doses da vacina estará blindado, independentemente da marca (do imunizante)”, explicou Leonardo Weissmann, médico infectologista do Instituto Emílio Ribas, em São Paulo, e consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia.

“A grande maioria das pessoas que tomam as vacinas poderão evitar formas graves da doença, internações e mortes. Infelizmente, haverá uma pequena parte da população que não ficará protegida, e isso vale para qualquer vacina, para qualquer doença, independente do fabricante”, complementou.

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