Política

Wagner sobre quinto mandato de Nilo: 'Perguntem ao DEM e ao PSDB'

Publicado em 16/12/2014, às 11h13   David Mendes (Twitter: @__davidmendes)


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Governador falou com a imprensa antes de cerimônia de diplomação dos eleitos
O governador Jaques Wagner (PT) afirmou, nesta segunda-feira (15), ser contra a reeleição ininterrupta do atual presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), deputado Marcelo Nilo (PDT), que poderá completar uma década no poder, caso consiga em fevereiro próximo vencer a quinta eleição consecutiva.
“Eu sempre fui contra e Marcelo Nilo sabe a minha posição. Óbvio que é difícil falar contra a eleição de alguém quando começa uma nova Legislatura, como agora, porque o colegiado é outro. Qualquer juiz do Tribunal, do TSE [Tribunal Superior Eleitoral], do STF [Supremo Tribunal Federal], vai dizer que não caracteriza a reeleição porque é outra Legislatura. Mas, para mim, se quiser colocar impedimento é melhor ainda. Nenhum outro Poder tem recondução infinita”, afirmou o líder baiano durante coletiva no Centro de Convenções, antes da cerimônia de entrega dos diplomas dos políticos eleitos nas eleições de outubro último. 

Marcelo Nilo comandou o Legislativo nos oitos anos do governo Wagner
Para o governador, cabem aos parlamentares recém diplomados e futuramente empossados cobrar a emenda que acaba com a reeleição infinita no Legislativo baiano. 
“Sou totalmente contrário. Não acho que isso ajuda o Poder Legislativo, agora, tem que perguntar aos partidos políticos, inclusive os de oposição, porque nessa hora todo mundo fica se fazendo de bonito. Então, tem que perguntar à liderança do DEM, à liderança do PSDB para dizer, publicamente, o que acham da matéria. Eu sou contra, não tenho briga com ele [Marcelo Nilo], já briguei com ele antes dizendo que ele não deveria ser candidato”, avaliou o petista, que deixa o cargo no próximo dia 31 de dezembro e contou com o pedetista na presidência durante os seus oito anos de administração. A bancada dos contrários - ou "insatisfeitos" - na Alba já declarou apoio ao penta de Nilo. “É só colocar para votar e vocês pedirem votação aberta e vocês controlarem quem quer e quem não quer”, sugeriu Wagner, que voltou a afirmar que não irá se meter no processo, apesar de, historicamente, só preside o parlamento baiano aquele que for da vontade do governador. 
“Não vou me meter. Não sou eu quem vota. Primeiro quem tem que se meter são os partidos políticos e têm que dizer o que querem.  Depois são os 63 deputados que devem presar a Casa onde trabalham. Se concordam que isso está correto, continuem. Se não concordam, mudem. Eu é quem não posso mandar uma emenda para lá para mudar o Regimento Interno da Assembleia”, concluiu o chefe do Executivo baiano.

Nota originalmente postada dia 15

Classificação Indicativa: Livre

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