Política

Lava Jato fecha cerco contra Argôlo e pede relatórios à Gol, TAM e Avianca

Publicado em 19/05/2015, às 07h54   Redação Bocão News (twitter: @bocaonews)


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Preso no início de abril pela Polícia Federal (PF) na Operação Lava Jato, o ex-deputado Luiz Argôlo (SD) vê a cada dia o cerco dos investigadore se fechar contra ele. A Justiça Federal aceitou as denúncias contra o político, acusado de envolvimento em esquemas de corrupção na Petrobras. Luiz Argôlo foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) e é o primeiro ex-parlamentar, junto com André Vargas, Pedro Corrêa, Aline Corrêa, réu em processos derivados da operação.

O juiz Sérgio Moro determinou às companhias aéreas Gol, TAM e Avianca que enviem relatórios detalhados sobre as viagens feitas por Argôlo desde o dia 1º de janeiro de 2010 até o dia 31 de dezembro de 2014. 

Foram encontrados registros de 78 visitas de Argôlo aos escritórios de Youssef. Com o cruzamento das passagens aéreas, o MPF sustenta que em 40 oportunidades essas viagens aconteceram com recursos da Câmara Federal. "O valor gasto nessas passagens é de R$ 55.192,43", explicou o procurador Paulo Galvão.
Para comprovar a denúncia, Moro solicitou a expedição de ofício ao presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha, com pedido de informações e cópias sobre requisições de passagens aéreas ou de reembolso de despesas com viagens áreas formuladas por Argôlo no período citado.
Argôlo responde por corrupção, lavagem de dinheiro e peculato. Alberto Youssef responde por corrupção e lavagem de dinheiro. Já Carlos Alberto Pereira da Costa e Rafael Ângulo Lopez respondem por lavagem.
"Teriam atuado como partícipes na lavagem de dinheiro, o primeiro na aquisição, com ocultação e dissimulação, de um helicóptero para o parlamentar, o segundo nas entregas de valores em espécie", cita Moro.
No despacho, Moro ainda designou a primeira audiência para ouvir testemunhas de acusação no dia 23 de junho. Devem ser intimados Paulo Roberto Costa, Meire Bonfim da Silva Pozza, Leonardo Meirelles, e Ediel Viana da Silva.

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