José Carlos Araújo nega acordo com Planalto para salvar Cunha

O presidente do Conselho de Ética da Câmara Federal, deputado José Carlos Araújo (PSD), negou que exista um acordo com o Palácio do Planalto para abrandar o processo de cassação do mandato do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

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Segundo o blog de Fernando Rodrigues, finalmente, um indicado de Araújo para o Iphan na Bahia deve assumir o cargo. Trata-se de Fernando Ornelas. “Tem quatro meses que dizem que vão nomeá-lo e nada até agora”, disse Araújo ao Bocão News, ao mesmo tempo em que nega que possa manobrar para que o processo de cassação do mandato de Cunha seja engavetado pelos 21 membros do colegiado. “Nego qualquer tipo de pressão do Palácio do Planalto. São deputados de estados diferentes, cada um com seus deveres e sabem o risco que correm (caso tentem livrar Cunha da degola)”.

Após recebida a denúncia contra Cunha, Araújo tem até três sessões para nomear o relator do processo, que será escolhido a partir de uma lista de três nomes. O processo tem que ser finalizado no prazo de 90 dias. Por presidir o colegiado, Araújo só vota em caso de empate.

Para embasar a sua defesa de que não trocou , Araújo disse que derrotou Cunha em dois momentos. O primeiro quando Cunha indicou o deputado Arnaldo de Sá para presidir o conselho e foi derrotado pelo pessedista baiano. A segunda foi na indicação do vice-presidente do colegiado. O nome apoiado por Araújo derrotou o indicado de Cunha.

Por presidir a Conselho de Ética, Araújo disse que não pode manifestar publicamente sua opinião sobre a situação de Cunha, mas reiterou que a situação é “grave porque nunca um presidente da Câmara foi investigado pelo Conselho de Ética”.

Sobre a indicação de Ornelas, ex-diretor a Anatel Salvador e Sergipe, Araújo afirmou que embora ele nunca ter trabalhado na área, essa deficiência não o impede de assumir o Iphan. “Carlos Amorim também quando assumiu não havia trabalhado na área. Muitos ministros não têm nada a ver com a área de atuação, por exemplo”, citou.