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Wagner diz que, para DEM, investimento social é "gasto"

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Governador rebate Souto sobre Sefaz e diz que candidato “só pensam no caixa”  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 25/07/2014, às 06h30   David Mendes (Twitter:@__davidmendes)


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O governador Jaques Wagner (PT) rebateu as críticas feitas pelo seu antecessor e candidato ao governo da Bahia nas eleições deste ano, Paulo Souto (DEM), que sinalizou uma queda na arrecadação do Estado nos últimos seis anos e culpou a ineficiência da Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz) que, segundo o ex-governador, deixou de ser uma pasta técnica para ser aparelhada politicamente.
“É óbvio que temos que arrecadar. Posso garantir que temos melhorado a máquina arrecadadora, mas a minha cabeça não funciona só como arrecadação. Ele [Paulo Souto] que tem essa visão, e talvez ele compartilhe com outros do DEM, que o negócio é só arrecadar, mas eu estou a fim de gerar emprego e, para gerar emprego, é preciso trazer indústrias, e para trazer indústria é preciso muitas vezes fazer incentivo. Então, essa política para mim é muito mais importante do que apenas colocar dinheiro no Estado”, afirmou o líder baiano, em entrevista ao Bocão News.
As críticas de Souto foram feitas em entrevista à Rádio Band News FM, um dia após o governo federal publicar no Diário Oficial da União (DOU) o aval para o governo da Bahia contratar empréstimo junto ao Banco Mundial (Bird) e ao Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida) que, valor que chega a R$ 1 bilhão.
“Todo o empréstimo que fazemos com o Banco Mundial, ele tem um conjunto de indicadores que têm que se alcançar para justificar um empréstimo que se queira tomar”, justificou Wagner, ao se referir ao Proinclusão II que, segundo a Secretaria Estadual de Planejamento (Seplan), entre os objetivos específicos do programa está o fortalecimento fiscal da máquina pública estadual.
“A cabeça do partido ao qual pertence o ex [governador] continua sendo uma cabeça antiga. Só pensam no caixa. Essa receita já ruiu há muito tempo, aqui e em outros países do mundo. A minha cabeça é de desenvolver e incluir socialmente. Faço investimento social, que para eles são gastos. Tenho uma lógica: a vida não é só a Secretaria da Fazenda. Secretaria da Fazenda é fundamental, e combatemos a sonegação. Agora, temos uma política fiscal inteligente. É por isso que o Pólo [Petroquímico], que estava decadente, hoje rejuvenesceu e está com investimentos. Por quê? Porque a gente mescla o interesse de arrecadar, que é real, com a condição para oferecer o desenvolvimento das pessoas”, criticou o governador.

Nota originalmente postada dia 24

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