O secretário de Saúde de Camaçari, Washington Couto, rebateu as
declarações do presidente do Sindicato dos Médicos (Sindimed), Francisco Magalhães, com relação à greve dos médicos de quatros das cinco Unidades de Pronto Atendimento (UPA) da cidade. Couto relatou que está aberto ao diálogo, mas que o sindicato não está cumprindo itens que constam na Lei de Greve, como o efetivo de 30% em atividade. Afirmou que os grevistas, todos da Fundação Estatal Saúde da Família, terceirizada que administra as unidades problemáticas, estavam reivindicando, sobretudo, pagamentos em atraso, mas que isso já foi solucionado: “na verdade, a prefeitura estava impossibilidade de pagar a fundação, pois ela não tinha certidões negativas. Mas na semana do natal conseguimos fazer o pagamento”.
O secretário aproveitou para explicar que alguns outros pontos da pauta já estão sendo atendidos, como reforma, aumento na segurança e compra de matérias, porém há um grande problema: “Eles pedem reajuste, mas esse item da pauta não tem fundamento, não tem base. Isso porque estabelecemos um piso dentro do plano de carreira da prefeitura de Camaçari. Os médicos efetivos estão nesse plano, que tem como base o Sindicado dos Servidores Públicos de Camaçari. A pauta dos médicos terceirizados, que prestam serviço à Fundação, não entra nesse plano de cargos e salários da prefeitura. O Sindmed não tem base aqui”.
Já considerando a permanência do impasse, o secretário revelou ao Bocão News que está em processo de contratação de médicos em caráter emergencial e de convocação e nomeação dos concursados que estavam aguardando. Por fim, o secretário de Saúde de Camaçari pretende pedir ao Tribunal de Justiça da Bahia, que já considerou a greve ilegal, a execução da multa diária por descumprimento da decisão: “Vamos amanhã informar ao TJ-BA sobre o descumprimento da liminar que determina a multa e solicitar a execução dessa multa. Nosso procurador já está cuidando disso”.
