Religião
Publicado em 14/01/2021, às 13h17 Diego Vieira e Léo Sousa
Uma das festas religiosas mais importantes do país, a Lavagem do Bonfim este ano ocorre com uma programação totalmente modificada, em razão da pandemia do novo coronavírus.
Para evitar aglomerações, a Basílica foi interditada para os fiéis, fato que, segundo o historiador Rafael Dantas, é inédito na história da celebração.
Marcada pelo sincretismo, a festa é realizada desde o final do ano de 1700. "O que aconteceu de diferente ao longo desses séculos, no Senhor do Bonfim, foi a questão da alteração do cortejo, desde a Conceição da Praia até a igreja, ou de outros sentidos, de como se interpretava a festa, no século 18, no século 19. Mas interditar a igreja, proibir que as pessoas adentrassem, em um número grande de pessoas, é a primeira vez que isso está acontecendo", afirma o historiador.
Foto: Vagner Souza/BNews
De acordo com Dantas, no entanto, ao longo dos séculos, a realização da festa foi impedida em diversos momentos.
"A Lavagem foi proibida no final do século 19, em 1890. Criticaram a Lavagem, criticaram os batuques africanos, aquela associação entre a cultura afro. No século 20, na década de 30, se permitiu novamente que fosse lavado o adro. Depois, bloquearam suas escadarias. Na década de 40 bloquearam de novo. E ACM, o velho senador, consegue resgatar essa tradição, ao longo das décadas de 70 e 80, para lavar o adro da igreja", rememora.
No início da manhã desta quinta-feira (14), a imagem do Senhor do Bonfim passou pelas ruas do Centro de Salvador, antes de seguir em cortejo para a Basílica. A programação da festa religiosa está sendo transmitida ao vivo pela Web TV do Bonfim, no YouTube.
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