Salvador

Salva-vidas denunciam condições precárias de trabalho e ameaçam paralisar atividades; assista

Leitor BNews
A categoria realizará uma assembleia na próxima quinta-feira (30), às 8h, para discutir se vão parar as atividades  |   Bnews - Divulgação Leitor BNews

Publicado em 25/01/2020, às 12h28   Yasmim Barreto


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Há pouco mais de um mês desde a chegada do verão, as praias da capital baiana ficam lotadas diariamente e os profissionais que garantem a segurança dos banhistas, os salva-vidas, redobram não só a atenção, mas, também trabalham, em sua maioria, em condições precárias. Foi o que contou o diretor da Associação Baiana de Salvamento Aquático (ABASA), Pedro Barretto. 

“Nós não aguentamos mais ficar do jeito que está, estamos com postos sem teto, sem barreiras contra o vento, expostos a raios nesse período de chuva forte. O pessoal está bem indignado, estamos reunindo provas desse descaso”, disse Pedro, que também anunciou uma possível paralisação, caso as exigências não sejam atendidas pela prefeitura de Salvador.  

Ao BNews, o diretor da Abasa reuniu um compilado de fotos e vídeos que mostram situações de precariedade na estrutura dos postos e nos equipamentos de trabalho. De acordo com as imagens, nos mirantes há tetos descobertos, preservativos abertos, sangue, pessoas em situação de rua dormindo no local de trabalho dos salva-vidas, entre outras.  

Confira: 

Assista ao vídeo: 

Procurado, o coordenador do Salvamar, empresa vinculada à Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop), Iuri Calton, informou que existe um projeto, que está em processo licitatório, para sejam removidas às estruturas antigas e sejam construídos mirantes novos para alocar os salva-vidas. “Hoje nós estamos com um projeto aprovado na Fundação Mario Leal, não de reformar e sim substituir todos eles, existe o projeto, está orçado e já está em fase final de aprovação de valores para entrar no processo licitatório”, explicou.  

Além disso, no local serão instalados banheiros, sala de espera, posto do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e Guarda Municipal, garantiu Iuri. Ainda conforme o coordenador, a categoria já está ciente do projeto. 

Confira o projeto: 

Paralisação  

Com o atual cenário das condições de trabalho, a categoria realizará uma assembleia na próxima quinta-feira (30), às 8h, na sede do Salvamar, em Patamares, para discutir se vão parar as atividades. Caso aconteça, os salva-vidas deverão paralisar em um fim de semana, quando as praias estão mais cheias.  

“Vamos pegar um fim de semana de movimento na praia, de sol, e mostrar a importância do nosso serviço, se recusando a assumir os postos, que na verdade a gente já deveria está se recusando no dia a dia, porque a situação está braba”, completou.  

Sobre a possiblidade de paralisação, Iuri Calton não deixou claro se teria conhecimento da movimentação da categoria, pois afirmou que aconteceu uma reunião, na última quinta-feira (23), na qual teria sido discutido a possiblidade de paralisação. “Nós tivemos uma reunião, na quinta-feira, a respeito disso eu e essa comissão sindical que existe aqui, até então não me falaram a respeito de paralisação, existia a suposição, e é um direito deles”.  

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