Salvador

Fechamento de praça no aeroporto é alvo de reclamação de lojistas

Leitor BNews
Administração justifica que no espaço a aplicação das medidas de distanciamento social é mais difícil   |   Bnews - Divulgação Leitor BNews

Publicado em 10/08/2020, às 16h43   Léo Sousa


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O fechamento de uma praça tem sido alvo de reclamação de donos de loja no aeroporto de Salvador. Em contato com o BNews nesta segunda-feira (10), um lojista se queixou de que a interdição da "Praça Tropical" aumentou a concentração de passageiros e prejudicou o fluxo de clientes nos estabelecimentos.

"Resultado: o fluxo de gente fica todo concentrado nas longarinas em frente aos portões. Prejudica a parte comercial, porque não dá o trânsito pela praça, a praça tá toda isolada, e sobrecarrega os fingers. As longarinas lotadas de gente. Absurdo. A praça tem que tá aberta, não tem porque tá fechada. Quanto mais espaço, mais o fluxo espalha", explicou o comerciante, que não quis se identificar.

"Fica aquilo tudo lá tapumado, o cara não transita. O cara que tá do lado de cá, ele não passa para o outro lado. Ele tem que passar pela praça. As coisas têm que estar espalhadas ali para o fluxo rodar. Cinco meses fechado, aí na hora que abre fecha aquela praça central?", criticou.

De acordo com o lojista, a concessionária que administra o aeroporto de Salvador não comunicou aos donos de loja do local o motivo do fechamento da praça.

"Eles não explicaram porque tapumaram lá. Eu acho que é pra ter menos mão de obra de serviço de limpeza. Mas, contradiz o argumento do protocolo, né? Porque tá diminuindo os espaços do passageiro. Você chega lá agora em frente aos portões, tá um inferno de gente, enquanto a praça podia tá com o povo espalhado ali. Bote uma cadeira sim, outra não, faça as marcações no chão... Não, simplesmente isolou uma parte, prejudicou os lojistas, porque pra ir pra um lado ou para o outro o cara tem que arrodear, ele já não arrodeia", disse o comerciante.

Outro lado

À reportagem, a administração do aeroporto afirmou que a interdição da Praça Tropical "se justifica pelo fato de esse espaço conter bancos presos ao chão, o que dificulta a aplicação das medidas de distanciamento social". "Além disso, os materiais utilizados na sua ornamentação - madeira e tecido – exigem um protocolo especial de sanitização, mais complexo e demorado do que o de outros espaços do aeroporto", acrescenta a concessionária em nota.

"É importante ressaltar ainda que foram colocados tapumes com a altura metade da convencional, justamente para diminuir o impacto visual nessa importante área de circulação. A administração do Aeroporto se sensibiliza com as adversidades enfrentadas pelos subconcessionários, tanto que tem feito comunicações periódicas nos seus meios oficiais de comunicação a respeito da reabertura de lojas e restaurantes", finaliza o aeroporto.

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