Salvador

"Não queremos viver de bolsa-família", diz caminhoneiro em protesto no Porto de Aratu

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Wellington lamenta a situação no local onde chegou aos 18 anos e aprendeu a dirigir  |   Bnews - Divulgação Divulgação/BNews

Publicado em 09/12/2020, às 15h22   Redação BNews



Um dos 180 caminhoneiros que tiveram a força de trabalho dispensada por uma nova empresa de fertilizantes que chega ao Porto de Aratu, Wellington Machado Pinheiro, 50, afirmou em protesto nesta quarta-feira (9) que os membros da cooperativa precisam do trabalho para não viverem de "projetos sociais", como o Bolsa-Família.

A chegada da empresa Fertilizante Tocantis, segundo o motorista, poderia gerar empregos em um momento delicado vivido em razão da pandemia. No entanto, a Rodolipe, transportadora do Maranhão contrada pela empresa, optou por empregar caminhoneiros de outros estados, em detrimentos dos trabalhadores que estão há décadas no Porto de Aratu.

"Nós temos 180 pais de família que trabalham neste serviço, está chegando empresa nova na região [...] a transportadora que eles estão contratando não nos contrata, arranja carro de fora, de Minas Gerais, desde quando na comunidade já existe mão de obra que faz esse trabalho", disse ao BNews.

"Somos país de família que não queremos viver de bolsa-família, de projetos sociais, queremos viver do suor do nosso rostou", completou. Wellington lamenta a situação no local onde chegou aos 18 anos e aprendeu a dirigir. Hoje, sente a vida sendo "jogada fora".

Durante o ato nesta tarde, os caminhoneiros bloqueram a entrada do Porto de Aratu, causando congestionamento na região.

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