Após denúncia sobre falta de EPIs, clínicas-escola da FTC são fechadas; instituição rebate

Após o recebimento de denúncias, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano (Sedur) interditou nesta quinta-feira (18), as clínicas-escola da Rede UniFTC, em Salvador. Segundo informações obtidas pelo BNews, as reclamações estão relacionadas a falta de equipamentos de proteção individual (EPI).

"Umas duas alunas que não estão a fim de servir ao próximo fizeram a denúncia e a Sedur fechou as clínicas da FTC alegando falta de EPI, fecharam as clínicas que faziam serviço grande pra comunidade, com atendimento gratuito, ajudava muito nesse momento de pandemia a não carregar mais o sistema público, e está fazendo um movimento grande pra mostrar que não tem fundamento essa denúncia", disse o denunciante.

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Em mensagem compartilhada através de aplicativo de conversa, um grupo de acadêmicos da UniFTC ressaltou a importância do serviço para a população mais carente. "A clínica escola da UniFTC faz um serviço de suma importância para a população de Salvador, principalmente para a população mais carente. A clínica FTC oferece para os usuários do SUS diversas especialidades médicas GRATUITAS, além de exames e pequenos procedimentos cirúrgicos. No último dia 18 de março (quinta) a clínica foi alvo de denúncias com argumentos FALSOS que culminaram no seu fechamento. Com isso, várias pessoas ficarão sem atendimento, além de que nós, acadêmicos de medicina, não iremos poder exercer nossas práticas, que são fundamentais para nossa formação médica.  Por fim, solicitamos encarecidamente aos governantes a sua reabertura o mais brevemente possível."

Através de nota, a instituição informou que as atividades das clínicas-escola estarão suspensas por período indeterminado, a partir da próxima sexta-feira (19). "A decisão foi tomada após determinação da Prefeitura Municipal de Salvador, que proibiu a atuação de estudantes nesses campos de prática em virtude da situação sanitária e de saúde apresentada neste momento".

Ainda de acordo com a instituição, "até o momento, as clínicas estavam funcionando de acordo com a liberação da Prefeitura para as atividades essenciais, com estudantes atendendo os pacientes sob a supervisão de professores. Respeitando, para isso, todas as normas vigentes e orientações dos órgãos responsáveis. Estudantes e docentes receberam todos os equipamentos de proteção individual - entre estes, máscaras, protetores faciais, pró-pé e afins - e mantinham o distanciamento mínimo necessário para sua segurança". 

Por fim, a UniFTC diz que "a instituição reforça que, desde a retomada dos atendimentos, os estudantes puderam optar por não frequentar as atividades presenciais, bastando apenas notificar a coordenação através dos canais de atendimento virtuais.  A Rede UniFTC lamenta a suspensão dos atendimentos em suas clínicas e aguarda nova liberação da Prefeitura Municipal de Salvador, pela formação de qualidade de seus estudantes e pelo serviço prestado à população nestas unidades."

Procurada, a Sedur não se pronunciou até a publicação desta matéria.