Vereadoras exigem que assassinato de jornalista seja classificado como feminicídio

As vereadoras do mandato coletivo Pretas Por Salvador (PSOL) participaram de um ato exigindo justiça pela morte da jornalista Daniela Bispo, assassinada brutalmente por seu ex-namorado, em novembro de 2017.  A manifestação foi na manhã desta terça-feira (16), em frente ao Fórum Ruy Barbosa, no bairro de Nazaré.

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O crime que aconteceu no local de trabalho da vítima foi a julgamento e reconhecido como homicídio pelo júri. O caso será julgado pela segunda vez nesta terça-feira (16). Em 2018, Mateus William Oliveira Alecrim Dourado de Araújo, foi condenado a 17 anos, 10 meses e 15 dias de prisão, em regime fechado, por homicídio qualificado. Na época, o júri afastou a qualificadora do femínicidio.

A vereadora Laina Crisóstomo (PSOL), titular do mandato coletivo, o ato pretendeu ser um porta voz, exigindo que o crime seja reconhecido como feminicídio, visto que o laço afetivo foi determinante para o assassinato.  “É qualificado como feminicídio todo e qualquer crime em que as vítimas são mortas por causas relacionadas a seu gênero, geralmente em decorrência de violência doméstica e/ou familiar”, destaca.

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A vereadora diz que, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), entre janeiro e setembro de 2021, mais de 66 mulheres foram vítimas de feminicídio na Bahia. Além das Pretas, estiveram presentes representantes da ONG Tamo Juntas, organização feminista que oferece assessoria profissional gratuita para mulheres em situação de violência e vulnerabilidade social.

Daniela Bispo foi assassinada em horário de trabalho

Funcionária da empresa Call Tecnologia, no Catabas Empreendimentos, em Salvador Daniela Bispo foi encontrada morta no quinto andar do prédio - a áreaestava desativada - com marcas de agressão na cabeça.

Ela teria pedido uma pausa no atendimento do call center nesta segunda-feira para ir ao banheiro e despareceu. 

Toda movimentação dele foi registrada por meio de câmeras de segurança. Horas após o crime, enquanto as pessoas procuravam a jornalista, Mateus seguia para uma entrevista de emprego, quando foi preso.

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