Salvador
A capital baiana apresenta índices ruins quanto ao fornecimento de serviços básicos ao cidadão. O acesso ao abastecimento de água, energia elétrica e esgotamento sanitário em Salvador ainda não contempla 100% dos moradores — mesmo sendo a quinta capital mais populosa do país, de acordo com dados do Censo 2022, elaborado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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As informações integram o levantamento “Mapa da Desigualdade entre as Capitais”, elaborado pelo Instituto Cidades Sustentáveis (ICS), no qual o BNews teve acesso. Divulgado neste ano, o estudo conta com o apoio da União Europeia (UE) e da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), e elenca as 26 capitais brasileiras por seu desempenho em uma série de tópicos.
Considerando que a população da capital baiana é de 2,41 milhões de habitantes, pouco mais de 28 mil soteropolitanos (ou 1,17%) não possuem acesso à água em suas casas — considerando o abastecimento de água a cada 100 habitantes.
Com 98,83%, Salvador fica atrás de João Pessoa (PB), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Porto Alegre (RS) e Campo Grande (MS) — empatadas na primeira posição com 100% —, além de Goiânia (GO) e Palmas (TO), nas segunda e terceira posições, com 99,01% e 98,86%, respectivamente.
Confira o ranking completo:
Um ponto positivo é que, ainda de acordo com o Mapa da Desigualdade, 100% do esgoto de Salvador é tratado antes de chegar ao mar, rios e córregos. O índice coloca a capital baiana na melhor posição neste quesito, empatada com João Pessoa, e à frente de capitais com melhor abastecimento do país como Curitiba (90,99%), Rio de Janeiro (66%) e São Paulo (65,59%).
Por outro lado, quando analisados os indicadores gerais de esgotamento sanitário, a capital baiana possui apenas 88,36% de domicílios com o serviço — ou seja, cerca de 280 mil pessoas sem tratamento de esgoto adequado. O número coloca Salvador no 9º lugar entre as 26 capitais. São Paulo (100%), Curitiba (99,98%) e Belo Horizonte (93,98%), são as três melhores capitais no indicador.
O BNews questionou a Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa) com relação aos números do Mapa da Desigualdade. Por meio de nota, a empresa destacou que trabalha para expandir o alcance do esgotamento sanitário em Salvador, "onde o serviço tem cobertura de 90%, percentual que já atende à meta estabelecida para 2033 pelo atual marco do saneamento básico".
“Vale destacar que algumas capitais que aparecem na lista com percentual um pouco maior de atendimento não tratam todo o esgoto coletado. Desde 2007, quando se iniciou o Programa Água para Todos, foram investidos mais de R$500 milhões em abastecimento de água e 1,5 bilhão em esgotamento sanitário na capital baiana”, diz a nota enviada ao BNews.
Cobertura de energia em Salvador
Com relação ao acesso à energia elétrica por domicílios, Salvador está na quinta posição com 99,6% de cobertura. Considerando dados do Censo 2022, cerca de 10 mil famílias sotepolitanas ainda não possuem ligação elétrica em suas casas. Os dados integram a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Anual (Pnad Contínua 2022), elaborada pelo IBGE.
João Pessoa (PB), Vitória (ES), Natal (RN) e Macapá (AP) estão empatadas na primeira posição com 100%. Porto Velho (RO) está em segundo lugar com 99,9% e, em seguida, aparecem Recife (PE) e Palmas (TO), com 99,8%. Curitiba (PR) e São Luís (MA) também figuram à frente de Salvador, na quarta posição, com 99,7%.
O BNews também questionou a Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (Coelba) sobre os dados do fornecimento de energia. Por meio de nota, a empresa esclareceu que a cobertura elétrica na capital baiana pode ser considerada 100% levando em consideração a margem de erro.
A companhia também destacou que o serviço de energia em Salvador foi universalizado em 2016 e que o procedimento tem sido acompanhado e fiscalizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), órgão regulador do sistema elétrico.
“Isto significa que a energia elétrica se tornou acessível a toda a população há oito anos. Devido às mudanças habitacionais ocorridas na capital baiana, a exemplo de novos prédios, novas solicitações foram realizadas desde então e todas atendidas”, destacou a Coelba ao BNews.
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