Salvador

“Ao longo dos tempos, a festa do Senhor do Bonfim vem tendo seu formato redesenhado pelo povo soteropolitano”, diz historiador baiano

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Lados profano e religioso da festa convivem harmonicamente ao longo dos anos  |   Bnews - Divulgação Joilson César / BNews
Verônica Macedo

por Verônica Macedo

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Publicado em 08/01/2024, às 06h00


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Na história, sejam fatos como revoluções, revoltas, acontecimentos mais pontuais, ou eventos como a festa do Senhor do Bonfim, os festejos e as tradições, todos são regidos pela vontade popular.

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“O formato que os eventos vão desenvolvendo vai muito desses elementos subjetivos, imateriais, que são o tempo e a vontade dos povos. Então, com o passar dos anos, a festa do Senhor do Bonfim foi ganhando um formato adequado àquilo que o povo soteropolitano desejava e foi se imiscuindo, inevitavelmente, o elemento religioso com os elementos dos festejos, da musicalidade, do folguedo, decorações e apetrechos de agrado popular momentânea”, explica Ricardo Carvalho, historiador baiano.

Com relação à associação do aspecto religioso ao profano, o professor Ricardo disse que existe um momento em que é necessário haver um limite para que nada afete o componente essencial, eterno e permanente, que é o sagrado. “Mas eu não vejo, no caso específico da festa do Bonfim, um aspecto negativo que evidencie problemas nessa associação”, fala o especialista.

Na sua avaliação, os dois elementos conseguiram conviver de forma harmônica ao longo da história, foram fazendo suas adaptações com suas concessões e é muito interessante ver que um elemento tão forte da religiosidade baiana consegue coexistir com algo tão rico que é a tradição cultural de seu povo”, finaliza o historiador

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