Salvador
Na história, sejam fatos como revoluções, revoltas, acontecimentos mais pontuais, ou eventos como a festa do Senhor do Bonfim, os festejos e as tradições, todos são regidos pela vontade popular.
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“O formato que os eventos vão desenvolvendo vai muito desses elementos subjetivos, imateriais, que são o tempo e a vontade dos povos. Então, com o passar dos anos, a festa do Senhor do Bonfim foi ganhando um formato adequado àquilo que o povo soteropolitano desejava e foi se imiscuindo, inevitavelmente, o elemento religioso com os elementos dos festejos, da musicalidade, do folguedo, decorações e apetrechos de agrado popular momentânea”, explica Ricardo Carvalho, historiador baiano.
Com relação à associação do aspecto religioso ao profano, o professor Ricardo disse que existe um momento em que é necessário haver um limite para que nada afete o componente essencial, eterno e permanente, que é o sagrado. “Mas eu não vejo, no caso específico da festa do Bonfim, um aspecto negativo que evidencie problemas nessa associação”, fala o especialista.
Na sua avaliação, os dois elementos conseguiram conviver de forma harmônica ao longo da história, foram fazendo suas adaptações com suas concessões e é muito interessante ver que um elemento tão forte da religiosidade baiana consegue coexistir com algo tão rico que é a tradição cultural de seu povo”, finaliza o historiador
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