Entidades carnavalescas batem martelo sobre mudança do circuito do Carnaval de Salvador; veja

O presidente do Conselho Municipal do Carnaval (Comcar), Joaquim Nery, falou sobre o consenso ao qual chegaram as entidades carnavalescas da Bahia, sobre a possível mudança do circuito Dodô (Barra/Ondina) para a região da Boca do Rio, durante o programa BNews Agora desta terça-feira (26), na Piatã FM.

Nery revelou que essa discussão começou a partir da entrega do projeto da nova orla, feito pela Prefeitura de Salvador, onde já se foi apresentada a possibilidade de mudança do circuito Dodô. Em áudio enviado ao BNews Agora, ele revelou que a comunidade do Carnaval já bateu o martelo sobre a alternativa apresentada pela gestão municipal.

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“Essa discussão se afunilou no último mês, mas o consenso que existe na comunidade do Carnaval é que essa mudança não pode acontecer para o carnaval 2023, pois está muito em cima, a gente já está chegando no mês de agosto e não haverá tempo hábil para promover as estruturas e sobretudo divulgar um Carnaval tão importante, que acontece depois de dois anos de pandemia. É preciso que a gente faça um Carnaval seguro e de grande qualidade e não seria correto nos aventurarmos num novo espaço”, declarou Nery.

Ouvintes e Zé Eduardo

Os apresentadores Osvaldo Barreto e Henrique Brinco convocaram a participação popular no programa, para saber o que os foliões acham da possível mudança, mas os ouvintes ficaram divididos. Alguns alegam que a tradição do circuito Dodô, que existe há 40 anos, precisa ser mantida e chegam a questionar se os moradores da região da Boca do Rio foram ouvidos, assim como os da Barra. Para outros, a região da Barra/Ondina já está saturada e é necessário que o Carnaval ocorra em um espaço mais amplo.

Já o jornalista José Eduardo, que também participou do programa diz que tem “receio” e há uma “total precipitação” nessa decisão. “O projeto da nova Orla é muito bom, vai dar uma nova cara para aquele lado, porque se você passa hoje, você tem pena! Tá completamente abandonado (...) Mas ao mesmo tempo o projeto não é para agora... isso é pra daqui a dois anos. Seria muito precipitado (...) não seria o momento”, declarou Zé.

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