Fábio Primo abre margem para greve de ônibus após chance de demissões em massa dos rodoviários

Os próximos dias podem ser de problemas para a população baiana no quesito transporte público. Isso porque os rodoviários têm enfrentado complicações nas rodadas de negociações referentes aos reajustes salariais da categoria. Responsável pela gestão do Sindicato dos Rodoviários, Fábio Primo, admitiu ao programa Se7e da Matina, exibido na BNews TV, que há chances de greve geral.

Segundo ele, a prefeitura de Salvador, comandada por Bruno Reis (União Brasil), junto aos empresários das concessionárias de ônibus, almejam uma solução: demissões em massa dos cobradores. Primo aponta que já existiram duas reuniões, dia 11 e 17 de abril, mas nenhum resultado positivo foi conquistado. 

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“O prefeito [Bruno Reis] junto com os empresários estão orquestrando tirar os cobradores. Um aviso a eles: tenham certeza que todo dia terá manifestações nas grandes avenidas, ônibus parados na garagem, porque o desemprego já está grande”, menciona ele, acrescentando que existem, atualmente, cerca de 4.500 cobradores em Salvador. 

O presidente também indicou que a chance de greve da categoria é real, uma vez que a campanha salarial não tem sido atendida. Os rodoviários desejam ter o valor da inflação, que deve sair no mês de maio, além de 5% do ganho real. Por outro lado, os empresários, ainda segundo ele, não querem atender o pedido. 

“Ainda não saiu a inflação, a gente pede a inflação, mais 5% do ganho real. A proposta dos empresários é dar zero reajustes, ampliar a compensação de horas, porque hoje os trabalhadores só são compensados com as horas positivas e não negativas. É como se fosse um desdenho essa proposta de negociação dos patrões”, indica. 

Ônibus em Tancredo Neves

Na última segunda-feira (17), os moradores do bairro de Tancredo Neves, em Salvador, passaram por novos transtornos devido às ações criminosas na região. A circulação de ônibus no local foi interrompida por causa do sequestro de uma jovem, feita de refém, dentro de uma casa, na Rua Carla.

Questionado sobre a posição dos rodoviários, Fábio Primo demonstrou preocupação. 

“Isso é muito desesperador tanto para a população quanto para nós trabalhadores rodoviários. A gente tem tomado sempre a medida de tirar do final de linha, mas sabemos do prejuízo que isso acontece para a população, porque geralmente andam mais quilômetros para pegar um ônibus. Esperamos que tudo isso passe.