Salvador
Publicado em 11/07/2023, às 19h49 Cadastrado por Rafael Abbehusen
Um grupo de ex-funcionários da empresa GDK Engenharia se juntou para protestar em frente à sede do Ministério Público (MP) e ao Fórum Ruy Barbosa, nesta segunda-feira (10). Eles buscam o pagamento de suas rescisões. O processamento do pedido de recuperação judicial da empresa já se arrasta na Justiça há 10 anos, assim como a espera pelo pagamento de direitos trabalhistas.
A dívida da empresa de engenharia com os ex-funcionários gira em torno de R$ 36,4 milhões, segundo mostram documentos públicos. Quase metade disso, cerca de R$ 17 milhões, é somente para quem atuava na Bahia, aponta o Sindicato dos Trabalhadores da Construção e da Madeira do estado (Sintracom).
Os funcionários enfrentam desacordos, crises políticas e econômicas, adiamento de assembleias, objeções e acusações de que a GDK prolonga o processo. A empresa baiana tem como credores desde banqueiros bilionários até ex-encanadores que veem suas casas alagarem quando chove. A dívida total chega a R$ 333,5 milhões.
O Diretor de Aposentadoria do Sintracom, Raileucio Oliveira, dedicou 17 dos seus 62 anos à GDK. "A intenção nossa foi pressionar o Ministério Público e o Judiciário, para decretar falência da GDK, porque a auxiliar do administrador de Justiça ligou para a empresa e o corpo jurídico da empresa, e eles alegaram que só iam pagar à gente se vendessem o terreno da Ponta da Laje [terminal em Candeias]", explicou Raileucio.
O criador e presidente da GDK Engenharia, Cesar Roberto Santos Oliveira, encarregou o advogado da empresa, Hernani Sá Neto, de responder os veículos de imprensa. Porém, ele afirmou que a situação já tinha sido explicada em entrevista recente.
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