Salvador

Homem se contorce de dor no chão após demora em atendimento em UPA de Salvador

Montagem/BNews
O paciente chegou a ficar caído no chão até ser levado para a regulação da UPA  |   Bnews - Divulgação Montagem/BNews

Publicado em 21/03/2023, às 07h29 - Atualizado às 07h38   Cadastrado por Pedro Moraes


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O dia a dia para quem trabalha e para quem precisa de atendimento nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), geralmente, costumam ser de constante atribulação. Desta vez, na manhã desta terça-feira (21), um homem, que entrou como paciente no 12° Centro de Saúde Dr. Alfredo Bureau, localizado na Rua Jayme Sapolnik, no bairro da Boca do Rio, em Salvador, tem sido mais uma das vítimas da demora no atendimento.

Identificado como Vidal Mendes, de 56 anos, o homem se contorcia de dor até ser encaminhado para uma sala onde recebeu medicamento. Por meio de vídeos enviados ao BNews, o homem aparece ao chão da parte externa da recepção principal.

“Tem dois médicos aqui, ela disse que ia chamar a assistente social. Eu estou dentro da UPA e ninguém faz nada, a pessoa está jogada no chão”, cita uma mulher, que não teve a identididade divulgada, em um dos vídeos.

No segundo, ela detalha o horário de chegada de outro paciente, que também não conseguiu ser atendido até por volta das 6h58 da manhã desta terça. 

“Ele vai acabar morrendo aqui no chão, não tinha nenhum médico de plantão, um senhor aqui amputado desde 4h da manhã, sem médico. Os médicos chegando tudo agora de carro [por volta de 7h]”, acrescenta.

Por meio de nota, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) afirmou que o paciente foi admitido no 12° Centro de Saúde Dr. Alfredo Bureau com quadro de dor renal às 6h20 desta terça-feira (21) e, após triagem, foi acolhido às 7h, onde segue internado.
"Logo após a primeira abordagem, o paciente teve agravamento do quadro e se projetou ao chão numa tentativa de amenizar a dor, já que permanecer sentado gerava mais desconforto. Nesta ocasião foram iniciadas às filmagens, mas não foi registrado o momento em que um profissional da unidade prossegue com o acolhimento do mesmo.
Voltando ao horário da triagem, vale esclarecer que a unidade estava com todos os leitos da sala vermelha ocupados, dentre outros pacientes graves aguardando transferência hospitalar. O paciente em questão, no momento da classificação de risco, foi identificado como amarelo. Os identificados com a cor vermelha apresentam alto risco à vida e demandam atendimento prioritário, o que não era o caso na abordagem inicial. Foi necessário remanejamento interno para a acomodação após agravamento do quadro", ressaltou.

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