Salvador

Mães usam redes sociais para denunciar maus-tratos e descaso de plano de saúde com crianças autistas

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A mãe da garota acusa os profissionais de maus tratos, alegando que a criança teria sido machucada durante uma sessão de terapia  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Redes Sociais
Camila Vieira

por Camila Vieira

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Publicado em 25/04/2023, às 20h23 - Atualizado às 23h23


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A mãe de uma criança autista, de 3 anos, usou as redes sociais para denunciar a situação que tem vivido junto ao plano de saúde da criança. No desabafo, Jaqueline Silva diz que a operadora Promédica tem impedido que ela acompanhe o tratamento da menina. Além disso, a mãe da garota acusa os profissionais de negligência e falta de cuidado, alegando que a criança teria saído machucada da sessão de terapia.

A falta de estrutura, superlotação, banheiro insalubre e equipamentos quebrados também foram questões pontuadas pela denunciante. Segundo ela, a situação ocorre no Centro Albert Sabin, na Avenida Garibaldi e ainda na unidade dos Mares, na Cidade Baixa, em Salvador.

“Estou sendo impedida de acompanhar a terapia da minha filha de 3 anos, autista nível de suporte 2 pela clínica e administração. As funcionárias Suzane e Amanda não permitem a marcação das terapias de acordo com o relatório, tão pouco transferem a minha filha para uma clínica que tenha suporte de acordo com o a solicitação da neuropediatra”, diz.

Segundo ela, em fevereiro e filha e outra criança entraram na sala de terapia e saíram machucadas e ninguém soube explicar o que aconteceu. “Elas entraram e ficaram com três profissionais adultas e todas alegam não saber e nem ter visto o que ocorreu. São muitos abusos. Minha filha está sem direito a fazer o tratamento. Tentaram me convencer que não cobre musicoterapia. Disse que não precisa marcar o tempo correto da psicopedagoga, pois a psicóloga que acompanha a minha filha já faz esse trabalho”, conta a mãe.

Ela denuncia ainda a falta de comunicação. “Se negam a responder meus e-mails, minhas chamadas e minhas tentativas de contato pessoalmente são baseadas em deboche, risos, e afirmações de que aqui não tem as terapias pedidas do laudo e por isso, não tem como ser ofertada. Vocês estão negligenciando a vida da minha criança de 3 anos, autista, que não pode falar por ela, se defender e que a mãe tem sido atacada covardemente por lutar pelos direitos da sua criança. A que ponto precisaremos chegar para vocês respeitarem a vida dos nossos filhos atípicos?”,  questiona a mãe revoltada.

Uma outra mãe de prenome Luise Carolina também usou as redes para reclamara da forma como o filho tem sido tratado pelo plano. Segundo ela, no Centro de Terapias, a criança precisa sentar no chão enquanto aguarda. “Não tem uma mesinha com cadeira para desenhar, lanchar, não tem um brinquedo, um livro, nada”, reclama.

Ela se queixa também do eivo excessivo ruído do local. “É um barulho infernal, recepção lotada, e o fedor do banheiro que toma todo o salão. @promedicaoficial obrigada pelo péssimo serviço! Por não cumprir relatório médico, não cumprir liminar, por lotar as salas de terapias e não oferecer condições adequadas nem na recepção, imagina como é o tratamento”, indagou a paciente.

A assessoria do plano de saúde Promédica foi acionada pela reportagem do Bnews e pediu um prazo para verificar com a unidade sobre o ocorrido. Após a publicação da matéria, o plano de saúde emitiu nota rechaçando a denúncia.

Leia o depoimento: 

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