Salvador

"Vamos convencer a parar também", afirma diretor do Sindicato dos Rodoviários sobre 'amarelinhos'

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O diretor do Sindicato dos Rodoviários, Daniel Mota, garantiu que tentará uma mobilização também com o sistema complementar  |   Bnews - Divulgação Reprodução / PNotícias
Tiago Di Araújo

por Tiago Di Araújo

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Publicado em 24/05/2023, às 07h55


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Em meio às discussões entre rodoviários e empresários para reajuste salarial da categoria, os trabalhadores do sistema complementar de transporte STEC (Coopstecs), os chamados 'amarelinhos', se tornaram peça chave do debate. Isso porque eles são vistos como a alternativa da prefeitura de Salvador para garantir a mobilidade da população em caso de greve.

No entanto, se depender da categoria, a paralisação também deverá ser adotada pelo sistema complementar. Depois do secretário municipal de Mobilidade, Fabrizzio Muller, declarar que os 'amarelinhos' não podem ser impedidos de circular, os representantes dos rodoviários prometem uma espécie de "força tarefa" para convencê-los.

"Em outras greves nós convencemos os amarelinhos a rodar. Dessa vez, vamos convencer os trabalhadores a paralisar também", declarou Daniel Mota, diretor do Sindicato dos Rodoviários, em entrevista à RecordTV, na manhã desta quarta-feira (24).

Ele não descarta utilizar pautas reivindicadas pelos trabalhadores para buscar uma mobilização parceira. "Os amarelinhos são trabalhadores muito sofridos, não têm representação, não têm sindicato. Tem uma parte explorada, uma espécie de serviço escravocrata, não tem carteira assinada".

Greve deve acontecer nesta quinta (25)

Após longas horas de reunião, rodoviários e Prefeitura não conseguiram chegar a um consenso. Representantes da categoria estiveram reunidos com o prefeito, Bruno Reis, na sede da Prefeitura, nesta terça-feira (23), mas não conseguiram fechar um acordo que atendesse aos pleitos de motoristas e cobradores.

Segundo o Sindicato dos Rodoviários, a greve anunciada para quinta-feira (25) está mantida e Salvador vai amanhecer sem ônibus. O vereador e diretor do Sindicato, Tiago Ferreira, afirma que a negociação não avançou e, por isso, a greve está confirmada. “Não mudou nada, não ofereceram nada de novo”, disse.

Uma nova reunião será realizada na manhã desta quarta-feira (24), na sede do TRT-5, entre a categoria e o sindicato empresarial. Já uma assembleia da categoria está marcada para 15h, quando será dado o veredito final sobre a paralisação.

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