Saúde

Servidores da Saúde fazem manifestação na Sesab

Foto Gilberto Júnior
Eles cobram respostas do secretário Jorge Solla  |   Bnews - Divulgação Foto Gilberto Júnior

Publicado em 04/05/2011, às 12h16   Maiana Brito


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Fotos Gilberto Júnior

Com batucada, faixas, bandeiras e camisas confirmando a greve, trabalhadores da Saúde fizeram manifestação, na manhã desta quarta-feira (4), na frente do prédio da Secretaria de Saúde, no Centro Administrativo da Bahia. Com diversas unidades e segmentos da área parados – entre médicos, enfermeiros, assistentes sociais e nutricionistas e outros profissionais – os servidores disseram que a tendência é o movimento ganhar mais força.

De acordo com os manifestantes, alguns setores, como o centro cirúrgico do Manoel Vitorino, e a emergência do Roberto Santos, estão parados desde ontem. De acordo com o presidente do Sindicato dos Médicos, José Caires, a categoria se reuniu para mostrar a insatisfação com a gestão do governador Jaques Wagner e do secretário Jorge Solla. Os dois foram vaiados e chamados de mentirosos pelos trabalhadores, que consideram uma falta de respeito a forma como eles estão tratando o movimento.
A assessoria de imprensa afirma que o secretário ainda não foi convidado pelos sindicatos a sentar para negociar, mas a Sesab está disposta a conversar. "Vamos esperar as entidades se movimentar para negociar de fato, não vir para cá fazer teatro e fingir que está querendo conversar", disse o superintendente da Sesab, Alfredo Boa Sorte.

Em relação aos salários e reajustes, a secretaria alega que fala de dados oficiais, de informações que constam no contra-cheque dos servidores, o valor líquido, que inclui as gratificações. “Vamos ser razoáveis. Nenhum médico vai trabalhar o mês todo para receber R$ 700,00. Quando um trabalhador da Saúde se aposenta, recebe o valor que constava no contra-cheque, não com o salário-base, que é de R$ 683,42”.

Sobre a GID (Gratificação de Incentivo ao Desempenho), o superintendente Boa Sorte, disse que está sendo paga. O problema é que os trabalhadores querem que seja pago o teto (R$ 3,3 mil) a todos, incorporado ao salário, retroativo a fevereiro de 2010, quando deveria, segundo eles, ser feita uma avaliação de desempenho. De acordo com Boa Sorte, a GID mínina, de R$ 2,3 mil, é creditada normalmente. A diferença de R$ 1 mil varia de acordo com o profissional.
“Uns vão receber total, outros não. Reconhecemos que o processo de avaliação demorou, mas a culpa é das duas partes. Segundo o superintendente, representantes dos sindicatos se negaram a sentar para definir, junto com a secretaria, quais seriam os critérios utilizados para avaliar o desempenho dos profissionais. Caires afirma que a categoria quer o valor máximo, pois está garantido por lei, e devolve a acusação, dizendo que é o governo que não quer discutir o assunto.

Para os manifestantes, Jorge Solla está querendo tapar o sol com a peneira, dando essas declarações de que o segmento não está parado e que os reajustes nos últimos anos ultrapassam os 100%. “Somos essenciais para tocar a máquina e fazer a secretaria funcionar perfeitamente. Estamos aqui para exigir um direito, um serviço de qualidade, que só pode ser feito por pessoas qualificadas, valorizadas e estimuladas”, disse Marinalva Nunes, presidente da Fetrab (Federação dos Trabalhadores Públicos da Bahia). “Ele está provocando os médicos”, conclui José Caires.

Sem negociação em vista, a greve continua por tempo indeterminado na Bahia. Nesta quinta-feira (5), os servidores da Saúde fazem assembleia, às 17, na sede do Sindicato, e os médicos se reúnem às 19h, no Sindmed, em Ondina.

Classificação Indicativa: Livre

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