Saúde

Com caos na Saúde, secretária de Cruz fica alheia à demissão dos médicos

Publicado em 17/11/2015, às 09h46   Caroline Gois (Twitter: @bocaonews)



Alheia à situação crítica da Sáude no município de Cruz das Almas, no Recôncavo Baiano, na qual os médicos pediram demissão coletiva, a secretária de Saúde da cidade, Sozemiria de Moura, disse ao Bocão News que a situação está resolvida. "Foi feita uma reunião ontem após a dos médicos e o atendimento foi normalizado", afirmou, contrariando a informação dada pelo Sindmed. Sem detalhar o encontro, a gestora municipal apenas frisou que o prefeito negociou com os médicos e que o decreto será mantido, de cortar em 20% o salários do funcionalismo público, incluindo os médicos, até dezembro. "Em janeiro será dado um reajuste", disse sem informar o valor ou detalhar a proposta.
A secretária citou o coordenador da UPA, Luis Magalhães, como sendo o mediador da reunião entre prefeitura e médicos. O Bocão News falou com Magalhães, que confirmou a decisão do Sindmed. "Está mantida a decisão dos médicos, da demissão coletiva. De fato, houve uma reunião e, das propostas passadas pelo prefeito e compartilhada com alguns médicos, estes se mostraram satisfeitos. O prefeito prometeu acatar às reclamações de condições de trabalho, bem como, a possibilidade do reajuste salarial. Entretanto, nada foi passado ao sindicato. Pode ser que haja uma assembleia emergencial", raticou ao site.
Já a secretária, rebateu as denúncias do Sindmed com relação às más condições de trabalho e falta de medicamentos. "Isso foi antes de eu assumir. Estou há sete meses e há medicamentos, bem como, profissional 24 horas que atende no Raio X", garantiu.
Na noite segunda-feira (16), os médicos decidiram, por unanimidade, pela demissão coletiva. Os cerca de 20 profisisonais que atuam na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e no Instituto de Pediatria do Recôncavo (IPER) param a partir desta quarta (18). "A decisão foi unânime e foi por um conjunto de questões. As condições de trabalho foi o fator principal. Há também a falta de medicamentos básicos na UPA e no IPER que faltam materiais e equipamentos como laridoscópios, respiradores e monitores. Além do funcionamento inadequado de Raio X e laboratórios, que não funcionam 24h como deveriam", explicou o diretor de Comunicação do Sindmed, Gil Freire, em conversa com o Bocão News, na manhã desta terça (17).
Leia mais:
Cruz sem Saúde: médicos pedem demissão e param UPA, Samu e IPER

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp