Saúde

Cientistas cancelam folgas de fim de ano para estudar o vírus zika

Publicado em 26/12/2015, às 08h06   Redação Bocão News (twitter: @bocaonews)


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Os cientistas da rede de pesquisa montada em São Paulo para pesquisa do vírus zika vão passar o recesso de Natal e Ano Novo trabalhando para estudar a doença. Pelo menos 160 pesquisadores, distribuídos por 31 laboratórios pelo estado, estão com projetos em andamento.
Segundo o site G1, na terça-feira (22), o ICB (Instituto de Ciências Biomédicas), da USP, já tinha conseguido manter culturas do vírus em células -- algo necessário para uso em experimentos e para diagnósticos por DNA. As primeiras fêmeas de camundongo grávidas foram infectadas na véspera de Natal, para um estudo que busca mostrar como o zika pode estar causando casos de microcefalia, fenômeno registrado sobretudo no Nordeste.
Segundo os cientistas, a expectativa é que, dentro de pouco mais de um mês, já exista um exame para diagnosticar o zika por sorologia -- mais prático, barato e versátil que o de DNA. Isso será essencial para investigar a distribuição do vírus em São Paulo, onde se suspeita que muitos diagnósticos de dengue sejam na verdade casos de zika.
Desafios da força-tarefa contra o zika
1) explicar como o zika causa microcefalia e entender seus efeitos no sistema nervoso
2) sequenciar o DNA do vírus e obter pistas iniciais para o desenvolvimento de vacinas
3) estudar a interação do zika com o Aedes aegipti para melhorar combate ao mosquito
4) desenvolver um diagnóstico rápido e versátil para identificar casos de zika
5) entender a interação das doenças transmitidas pelo Aedes
6) mapear casos do vírus em São Paulo para planejar ações de combate ao mosquito
A Fapesp (Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado de São Paulo), repassou nesta semana aos cientistas um montante de R$ 516 mil para início dos trabalhos em caráter emergencial. Antes disso os pesquisadores estavam realocando verbas de outros projetos para não terem que esperar o dinheiro chegar para começar a comprar materiais de experimentos.
A maior parte dos grupos de trabalho envolvidos no projeto, 16, estão na USP. A Unesp tem 6, a Unicamp tem 3 e o Instituto Butantan 2. A Unifesp, a Faculdade de Medicina de Jundiaí e a Famerp (Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto) têm, cada uma, um grupo até agora.

Publicada originalmente às 9h do dia 26 de dezembro

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