Saúde

Câncer: Nova droga contra melanomas duplica sobrevida

Imagem Câncer: Nova droga contra melanomas duplica sobrevida
No Brasil, medicamento foi aprovado em janeiro deste ano pela Anvisa, mas ainda não está sendo comercializado  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 23/02/2012, às 18h50   Redação Bocão News


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Um novo medicamento para tratar o câncer avançado de pele ou melanoma metastático praticamente duplica o tempo médio de sobrevida, revela estudo realizado com 130 pacientes e divulgado nesta quarta-feira. 

Desenvolvido pela Genentech, filial americana da gigante suíça Roche, a droga Zelboraf (vemurafenibe) foi aprovada pelo FDA, agência de controle de alimentos e medicamentos dos Estados Unidos, em agosto de 2011, o que a torna o primeiro novo tratamento contra melanoma em 13 anos. No Brasil, a droga foi aprovada em janeiro deste ano pela Anvisa, mas ainda não está sendo comercializada.

O estudo mais recente, cujos resultados foram publicados pelo New England Journal of Medicine, acompanhou 132 pacientes em 13 centros médicos de Estados Unidos e Austrália.

Os pacientes tratados com o Zelboraf viveram em média 15,9 meses após a metástase, contra uma expectativa de nove meses."Sabíamos que este medicamento reduzia os melanomas em grande parte dos pacientes e que funcionava melhor que a quimioterapia, mas ainda não sabíamos que faziam os pacientes viver mais tempo", disse Antoni Ribas, coordenador do estudo e professor de hematologia e oncologia do Jonsson Cancer Center, da Universidade da Califórnia, em Los Angeles.

O Zelboraf pode ser utilizado para tratar a metade dos pacientes com melanoma metastático, ou cerca de 4.000 pessoas nos Estados Unidos anualmente, segundo os pesquisadores.

Tomado em forma de comprimido duas vezes ao dia, o medicamento age bloqueando uma proteína ligada ao crescimento celular em pacientes com melanoma avançado cujos tumores mostram a mutação genética conhecida por BRAF V600E.

No total, 53% dos pacientes com essa mutação obtiveram redução de seus tumores em mais de 30%, enquanto outros 30% experimentaram reduções menores. A droga não provocou resposta em 14% dos pacientes.

Um inconveniente é que os pacientes parecem desenvolver resistência ao tratamento com o tempo, mas os cientistas estão procurando maneiras de evitar que isto ocorra.

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), estima-se que 6.230 brasileiros desenvolvam a doença em 2012. A Organização Mundial de Saúde estima que o câncer de pele provoca 66.000 óbitos ao ano em todo o mundo, e 80% são atribuídos aos melanomas.

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