‘Caso de Alex Lima é ainda mais complicado por diagnóstico tardio de TDAH’, explica psicóloga

A psicóloga Aline Reis afirmou nesta quarta-feira (6), em entrevista ao programa BNews Agora, da Piatã FM, que a desistência de concorrer a novo mandato nas eleições 2022 por parte do deputado estadual Alex Lima (PSB-BA) por questões psicológicas é ainda mais complicado por ele ter recebido o diagnóstico de Transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH).

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“Esse é um transtorno que tem início necessariamente na infância. É um dos transtornos mais conhecidos na população, justamente porque é um dos mais frequentes: atinge cinco a cada 100 pessoas. Ao longo do tempo a gente vem tendo mais acesso à informação sobre o TDAH. Os profissionais estão melhor preparados para identificar e tratar. Até porque, quando não tratado, pode representar impactos importantes. Como o caso do deputado Alex Lima, que só foi diagnosticado aos 30 anos. É ainda mais complicado, por causa do início de tratamento muito tardio de algo que já estava presente desde os primeiros anos de vida”, explicou.

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Nesta terça (5), o parlamentar anunciou que não iria ao pleito por “questões de saúde”. Em um relato íntimo, Alex Lima contou que em 2013 teve um quadro de depressão após a perda do pai, e na mesma época foi diagnosticado com TDAH.

A psicóloga alertou ainda para os sinais do transtorno na infância. “É importante ressaltar que as características do TDAH todos nós apresentamos. Por vezes estamos distraídos, podemos estar mais agitados, mas para caracterizar um transtorno tem que ter um prejuízo significativo e ser algo recorrente. É uma criança que pula o tempo inteiro, sobe nas coisas, que até na escola não consegue ficar sentado e em qualquer oportunidade se levanta. Crianças com TDAH mexem muito as pernas, as mãos, têm dificuldade de esperar sua vez,  falam muito e de forma impulsiva. Às vezes estão “no mundo da lua”, às vezes parece até que o problema é auditivo, mas é que já perderam o foco com muita facilidade.”

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