Saúde

Surto de dengue pode atingir 77 cidades brasileiras

Imagem Surto de dengue pode atingir 77 cidades brasileiras
Bahia é apontada em terceiro com relação ao número de mortes causadas pelo Aedes Aegypti  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 22/12/2012, às 11h22   Agência Brasil


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Segundo o Conselho Superior das Entidades Médicas da Bahia (Cosemba), a possibilidade um novo surto de dengue como o que atingiu a Bahia em 2009, já é preocupante.

Um novo boletim epidemiológico do Ministério da Saúde aponta a Bahia como o terceiro em número de mortes causadas pelo mosquito Aedes Aegypti, ficando atrás apenas do Ceará e Rio de Janeiro. Acontece que em ambos os casos foi possível reduzir em 48% e 73%, respectivamente, a quantidade de óbitos em relação a 2011, enquanto a Bahia teve um aumento de 81% dos casos se comparado ao mesmo período. Foram 16 mortes no ano passado e até o momento, 26 baianos foram vítimas da dengue.

O último Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa), do Ministério da Saúde, mostra que 77 cidades brasileiras estão em situação de risco para a dengue. Dessas, em dez, a situação de risco prevalece desde 2011.

Em entrevista à Agência Brasil, Giovanini Coelho lembrou que pesquisas recentes demostram que o brasileiro se sente bem informado em relação à doença e às medidas de prevenção. O grande desafio, segundo ele, é transformar esse conhecimento em mudança de comportamento. “É fácil prevenir a dengue, mas é importante que a população efetivamente adote mudanças de comportamento por meio de ações que ela conhece muito bem”, explicou.

Dados do ministério indicam que, na Região Norte, as principais causas de criadouros do mosquito são a deficiência no abastecimento de água e na coleta do lixo. No Nordeste, o abastecimento de água aparece como o principal problema. No Sudeste, os depósitos domiciliares provocam o aumento da circulação do mosquito. No Sul, o alerta é para o lixo. Na Região Centro-Oeste, abastecimento de água, depósitos domiciliares e lixo representam praticamente o mesmo percentual no agravamento de criadouros.

Segundo o coordenador, municípios que enfrentam problemas com abastecimento de água devem focar em estratégias como tampar caixas d'água e desobstruir calhas. Cidades com criadouros em depósitos domiciliares devem focar nas vistorias das casas, na colocação de areia nos vasos de planta e na eliminação de recipientes que podem acumular água, como garrafas plásticas e pneus. Já os gestores que registram problemas com lixo precisam melhorar os serviços de limpeza urbana e conscientizar a população em relação ao descarte de resíduos em terrenos baldios, por exemplo.

“O Sistema Único de Saúde (SUS) tem milhares de agentes de saúde treinados para fazer o trabalho de assessoria, supervisão e visita aos domicílios. É fundamental que os gestores municipais tenham essa ação como uma prioridade. É fundamental que as visitas sejam feitas regulamente, que o poder local articule ações intersetoriais, particularmente voltadas para a manutenção da limpeza urbana. Esse conjunto de medidas que envolve a participação da população e a ação do Poder Público são fundamentais para passarmos por esse verão com uma menor quantidade de dengue possível”, concluiu.

A Campanha Nacional de Combate à Dengue 2012/2013 tem como slogan Dengue É Fácil Combater, Só Não Pode Esquecer. O objetivo da primeira fase, que se estende até o final deste mês, é mobilizar a população a adotar medidas simples de prevenção. Na segunda fase, que começa a partir de janeiro, o foco é no reconhecimento dos sinais e sintomas da doença e as principais medidas que devem ser adotadas pelas pessoas em caso de suspeita de dengue.

*Com informações do jornal A Tarde

Classificação Indicativa: Livre

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