Saúde

Planserv nega atendimento à policial acidentada

Divulgação
Plano não cobre material necessário para realização de cirurgia  |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 25/05/2013, às 09h24   Juliana Costa (Twitter: @julianafrcosta)


FacebookTwitterWhatsApp

Após 1 ano e 3 meses de sofrer um grave acidente, a policial militar Mônica de Carvalho Bião vive com sérios problemas de saúde. Necessitando realizar um procedimento cirúrgico que pode trazer melhores condições para continuar sua vida normalmente, a servidora está indignada, pois não consegue autorização pelo Planserv – o Sistema de Assistência à Saúde dos Servidores Públicos Estaduais da Bahia.

Em fevereiro do ano passado, dois policiais militares e uma mulher morreram em um acidente envolvendo uma viatura das Rondas Especiais (Rodesp), uma van e um caminhão na BR-324. A colisão aconteceu quando o caminhão, que vinha sentido Salvador, bateu no fundo da viatura, que bateu em outro veículo, perdeu o controle, atravessou o canteiro e se chocou de frente com a van, que trafegava no sentido contrário - Feira de Santana. Mônica estava na viatura.


Acidente na BR-324 em fevereiro de 2012

A viatura ficou completamente destruída. Mônica continua com sequelas após o acidente. “Fraturei a bacia, a mandíbula, tenho limitações na abertura da boca, minha fala ficou um pouco comprometida e sinto fortes dores até hoje. É preciso realizar uma cirurgia, mas o Planserv não libera. Com isso, já desenvolvi outro problema mais sério”, lamenta.

O cirurgião que acompanha o caso, Anderson Castelo Branco, solicitou ao plano de saúde a realização de uma cirurgia para modificar a estrutura interna da articulação da mandíbula, justamente após algum acidente que impede a articulação de funcionar. Ainda solicitou a retirada de enxerto ósseo e a internação da paciente.



Autorização de Atedimento do Planserv


De acordo com a PFEM, o Planserv autorizou o atendimento dos procedimentos citados, mas para a realização da cirurgia é necessário o material, conhecido como kit de monitorização nervo facial, que não tem cobertura pelo plano. Mônica questiona: “como vou fazer a cirurgia sem o material? Tenho 17 anos de contribuição e nunca precisei do plano, quando mais preciso não tenho retorno”.



Relatório médico da paciente


Para intervir na situação, o vereador e coordenador geral da Associação de Policiais e Bombeiros de seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra), Marco Prisco (PSDB), explica que a entidade entrou nesta sexta-feira (24) com um mandado de segurança na Justiça para que o Planserv cumpra com urgência a solicitação do caso. “A liminar solicita que o plano realize os procedimentos necessários por completo, porque o estado precisa cumprir isto. Não é possível que com tantos anos de contribuição o policial militar não possa ter acesso aos serviços de saúde”.

Leia mais:

Policiais e passageira morrem em capotamento de viatura


  Matéria publicada sia 24 de maio, às 19h24

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp