Caos no hospital São Rafael: “não é novidade”, diz Sindimed
Publicado em 29/06/2013, às 08h12 Adelia Felix (Twitter: @adelia_felix)
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Na manhã desta sexta-feira (28), imagens do caos na saúde privada chegaram à redação. Um leitor do Bocão News enviou imagens de pacientes abrigados nos corredores na emergência do Hospital São Rafael, administrado pelo Monte Tabor CIBPS. Em justificativa, a unidade de saúde respondeu por meio de sua assessoria relata que a superlotação das emergências é um problema nacional e reitera que todos os esforços estão sendo feitos para buscar melhorias no atendimento aos pacientes da unidade, inclusive com a construção do prédio anexo que contará com mais 100 leitos com previsão de lançamento para 2014.
À reportagem, o presidente do Sindicato dos Médicos da Bahia (Sindimed-BA), Francisco Jorge Silva Magalhães, colocou a situação do hospital público não é boa, e a dos hospitais particulares é muito ruim. No entanto, ele ressalta que a situação do hospital privado tem um agravante.
“O Hospital São Rafael é filantrópico e recebe ajuda. Além disso, você paga um plano para ter um melhor atendimento. A calamidade no São Rafael não é novidade nenhuma. Vivenciamos isso todos os dias. É uma prática a falta de investimento no serviço privado. Existe escassez de leitos privados que beira a uma situação calamitosa. Se você chegar ao Hospital Aliança, você pode esperar mais tempo que em hospital público, uma espera de até 4 horas”, disse e ressaltou que o problema se agrava porque há uma sobrecarga nos médicos, já que não é contratado o número ideal de profissionais.
Magalhães ressaltou ainda em conversa com a reportagem que a unidade de saúde não paga imposto e recebe incentivo do governo. “É o nosso imposto que mantém a unidade. E não está nesse estado por falta de médicos, e ausência de critério para estabelecer prioridade. Os médicos ficam sobrecarregados e com péssimos salários”, colocou.
Por conta desse problema, ainda de acordo com o presidente Francisco Magalhães, foi feita uma denúncia na procuradoria no Ministério Público do Estado. “O doutor Roberto Gomes ficou de fazer uma ação junto aos planos de saúde. É inadmissível o cliente está pagando e receber atendimento de qualidade”, finalizou.
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