Saúde

Acidentes matam mais de 4 mil crianças por ano no Brasil

Publicado em 30/08/2013, às 19h37   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)



Dados do Ministério da Saúde revelam que 4,7 mil crianças morrem e mais de 125 mil são hospitalizadas anualmente no Brasil em decorrência de acidentes. Na faixa entre 1 e 14 anos, os acidentes de trânsito, afogamentos, sufocações, queimaduras, quedas, intoxicações, acidentes com armas de fogo e outros configuram a principal causa de morte e a terceira de hospitalização.

Diante da incidência, o Departamento de Segurança Infantil da Sociedade Baiana de Pediatria (Sobape) apoia o Dia da Prevenção de Acidentes com Crianças, celebrado em 30 de agosto. Numa iniciativa da ONG Criança Segura, a data foi instituída para incentivar ações ligadas à prevenção de acidentes com crianças, promovendo maior conscientização sobre o tema.

Presidente do Departamento de Segurança Infantil da Sobape, a pediatra Márcia Barreto alerta para os altos índices registrados no país e diz que os acidentes não podem ser tratados como algo imprevisível. “Há algum tempo, o modelo agente/ hospedeiro/ ambiente usado para descrever a epidemiologia das doenças transmissíveis tem sido adaptado para o estudo dos acidentes na infância”, explica.

A pediatra ressalta ainda a implicação de fatores de risco favoráveis à ocorrência de acidentes, como questões sociais/econômicas, idade e sexo. “Entre outros aspectos, estudos epidemiológicos mostram, por exemplo, que os meninos acidentam-se cerca de duas vezes mais que as meninas, devido a características comportamentais ligadas ao sexo”, ilustra.

Papel do pediatra

Citando a Organização Mundial da Saúde (OMS) cujos dados revelam que 45% dos acidentes no mundo acontecem em ambientes domésticos, Márcia Barreto destaca a importância do papel do pediatra no estímulo à prevenção no consultório.

“Os pediatras devem incluir orientações às famílias, sobretudo esclarecendo as características de cada etapa do desenvolvimento da criança e os principais riscos”, diz Márcia Barreto, também considerando fundamental o papel das escolas e creches em prol da redução das estatísticas.

Com relação à mortalidade e morbidade, os dados revelam que para cada óbito por acidentes haja 80 casos de hospitalização com lesões graves e 1.500 casos de atendimento em salas de emergência, ilustra Márcia Barreto. 

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