Saúde

Samu suspende greve e garante atendimento no carnaval

Publicado em 26/02/2011, às 11h30   Ivana Braga


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Após assegurarem um reajuste salarial da ordem de 13,3%, os médicos socorristas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) decidiram, na noite desta sexta-feira (25), suspender a greve que paralizou os serviços desde a quarta-feira (23), sendo, inclusive, considerada ilegal e abusiva pela Justiça do Trabalho que determinou o retorno imediato ao trabalho.

Os médicos conquistaramo reajuste de 13,38%, enquanto os demais funcionários (telefonistas auxiliares de regulação médica) e os motoristas socorristas, vão receber aumento de 10%, além de inclusão no plano de cargos e salários da Secretaria Municipal de Saúde (SMS).

De acordo com o presidentedo Sindicato dos Médicos (Sindmed), José Caires, o movimento foi fundamental para alertar a população sobre a situação do Samu. "Sem a greve, o serviço iria acabar", sentenciou Caires, informando que as condições precárias, falta de infraestrutura, salários defasados e a atrasados levaram 25 médicos a se desligarem do Samu desde janeiro, quando foi iniciado o movimento.

Segundo Caires, a retomada das atividades não foi decorrente da pressão imposta pela decisão da juíza substituta da 7ª Vara da Fazenda Pública, Mariana Evangelista, que, ao deferir o pedido de  liminar da prefeitura de Salvador, considerou a greve ilegal e abusiva, determinando a volta imediata ao trabalho dos profissionais do SAMU, e impondo multa diária de R$ 5 mil pelo descumprimento da decisão. 

O presidente do Sindmed disse que além do reajuste, outros fatores foram decisivos para o fim da greve. "A sensibilização do aumento da população de Salvador devido ao número de pessoas que invadem a cidade para o carnaval e a assinatura de um novo Termo de Ajuste de Conduta(TAC) que garante a realização do concurso, cujo edital deverá ser publicado em até 60 dias,  para contratação do pessoal do Samu foram determinantes", assinala Caires.  

Para Caires, enquanto a população absorveu o alerta sobre a faltade condições para o funcionamento do Samu, setores da administração pública e da própria Justiça, comodamente sentados em seus gabinetes e com altos salários pagos rigorosamente em dias, preferiram apostar na tentativa de desacreditar e desmoralizar o movimento, tratando os funcionários do Samu como "criminosos".  "A tentativa de nos criminalizar não colou. Todo sindicalista tem que saber qual omomento de  começar e o de terminar um movimento. Mas é bom que fique claro que a luta não acabou", avisa Caires.  

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