Saúde

Após cirurgia de Parkinson, mulher aponta que ‘ganhou na loteria’; saiba mais

Marcelo Camargo/Agência Brasil/Arquivo
A mulher passou por um procedimento que estimula o cérebro do paciente e reduz os principais sintomas de Parkinson  |   Bnews - Divulgação Marcelo Camargo/Agência Brasil/Arquivo

Publicado em 11/04/2023, às 09h22   Cadastrado por Pedro Moraes


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Há cerca de 20 anos, a primeira cirurgia de Parkinson estava sendo realizada em Santos, cidade localizada no litoral de São Paulo. Dessa forma, um neurocirurgião funcional do município tem celebrado este marco na medicina. Na concepção do Dr. André Luis Domingues, o procedimento é complexo, mas provoca alterações na vida do paciente. 

“A cirurgia tem o objetivo de estimular o cérebro do doente para reduzir os principais sintomas da Parkinson, que são os tremores, rigidez muscular, lentidão de movimentos e alteração no equilíbrio postural”, explica, em entrevista ao portal g1. 

Na cirurgia, um eletrodo cerebral é implantado com a função de neuromodular as células cerebrais com a proposta de entregar uma melhor qualidade de vida aos pacientes. Apesar de não curar a doença de Parkinson, o procedimento ajuda no recebimento da longevidade maior. 

Ainda conforme a publicação, Arlete Araújo Rosa contraiu o diagnóstico aos 48 anos. Após perder a força em partes do corpo, como as pernas, ela teve que passar 12 anos tomando medicação. Somente em 2013, a paciente recebeu a indicação da cirurgia

“Recuperei meus estímulos e, hoje, tenho a sensação de liberdade, de energia nas minhas pernas. Nesses quase dez anos, pós cirurgia, sinto minha coordenação motora mais revigorada e forte. Quem tem Parkinson eu indico a procurar as possibilidades. Eu ganhei na loteria”, garante Arlete. 

Entenda a cirurgia

O procedimento cirúrgico é realizado com o paciente acordado, porém anestesiado. Os primeiros resultados, inclusive, já são notados dentro da sala de operação, com a indicação de movimentos específicos. 

“Fazemos uma pequena incisão do lado direito e, depois, uma do lado esquerdo do cérebro. No local colocamos os eletrodos guiados por estereotaxia [um procedimento de altíssima precisão], que permite realizar as coordenadas corretas”, aponta o médico.

Inicialmente, não existe idade mínima para o aparecimento do Parkinson, mas a doença costuma ter pico de 60 a 70 anos. Os pacientes precisam cumprir um protocolo de orientação determinado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que contempla itens como nível de comprometimento motor, nível cognitivo, ter cinco anos de diagnóstico, entre outros. 

“No relatório final consta todas as avaliações diagnosticadas durante o processo. A documentação é avaliada e o paciente precisa estar adequado ao que é estipulado pelo protocolo. Com isso aprovado, a cirurgia de Parkinson poderá ser realizada”, finaliza o neurocirugião.

Classificação Indicativa: Livre

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