Saúde

BNews Explica: Saiba quais os remédios que você não deve usar em caso de suspeita de dengue

Foto de National Institute of Allergy and Infectious Diseases na Unsplash
Em caso de suspeita de dengue, a automedicação não é recomendada  |   Bnews - Divulgação Foto de National Institute of Allergy and Infectious Diseases na Unsplash

Publicado em 03/04/2024, às 12h00   Marco Dias


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A Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) informou na última terça-feira (2), que o número total de mortes por dengue no estado subiu para 27, após quatro novas mortes pela doença terem sido confirmadas. Além disso, Vitória da Conquista, Salvador e Feira de Santana lideram o ranking de cidades com maior número de casos prováveis do vírus. 

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De acordo com o Ministério da Saúde, com a infecção pelo vírus, dor de cabeça, dor no corpo, dor atrás dos olhos, febre, enjoos, vômitos, manchas vermelhas, sonolência, irritabilidade, sangramento na gengiva, nas fezes e confusão mental são frequentes, e é natural que a população procure medicamentos para combater os sintomas. 

Porém, segundo a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), existem remédios contraindicados em caso de suspeita da doença e não há um medicamento específico para o tratamento da dengue. 

Quais medicamentos você não deve tomar

Aspirina e AAS 

Essas medições possuem efeito analgésico e antitérmico, que aliviam as dores, mas podem afetar a coagulação de pacientes com o vírus da dengue, aumentando o risco de sangramentos e o agravamento da doença. 

Além da ASS e da aspirina, outros medicamentos que fazem parte desta categoria são os derivados do ácido acetilsalicílico, como diflunisal, salicilato de sódio e metilsalicilato. 

Ibuprofeno e nimesulida 

Esses medicamentos integram a categoria de anti-inflamatórios não esteroidais, que aumentam as chances de sangramento. Os mais conhecidos são: indometacina, ibuprofeno, diclofenaco, piroxicam, naproxeno, nimesulida, sulfinpirazona, fenilbutazona e sulindac. 

Prednisona e hidrocortisona 

Medicamentos como prednisona, prednisolona, dexametasona e hidrocortisona são conhecidos como corticoides, e podem aumentar o risco hemorrágico da doença, agravando a situação do paciente. 

Ivermectina 

O Ministério da Saúde emitiu um alerta afirmando que “não há nenhum dado ou fonte que comprove a afirmação” e o órgão “não reconhece qualquer protocolo que inclua o remédio para o tratamento da dengue”. 

Vacinação e Prevenção

Em 21 de dezembro de 2023, a vacina contra a dengue foi incorporada no Sistema Único de Saúde (SUS), e entrou no Calendário Nacional de Vacinação pela primeira vez em fevereiro de 2024. 

Embora exista a vacina contra a dengue, o controle do vetor Aedes aegypti ainda é o principal método para a prevenção e controle da doença. Por isso, é fundamental: 

  • O uso de telas nas janelas e repelentes em áreas de reconhecida transmissão; 
  • A remoção de recipientes nos domicílios que possam se transformar em criadouros de mosquitos; 
  • Vedação dos reservatórios e caixas de água; 
  • Desobstrução de calhas, lajes e ralos; 
  • Participação na fiscalização das ações de prevenção e controle da dengue executadas pelo SUS. 

Tratamento

O tratamento da dengue tem como base a reposição de líquidos de forma adequada, além do repouso absoluto. 

  • Repouso;
  • Ingestão de líquidos;
  • Não se automedicar e procurar imediatamente o serviço de urgência em caso de sangramentos ou surgimento de pelo menos um sinal de alarme;
  • Retorno para reavaliação clínica conforme orientação médica.

Classificação Indicativa: Livre

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