Saúde

BNews Summer: verão é propício a doenças oftalmológicas; veja quais cuidados devem ser tomados

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O BNews bateu um papo com a oftalmologista Luciana Brito sobre as doenças oculares associadas ao verão  |   Bnews - Divulgação Arquivo/Agência Brasil
Letícia Rastelly

por Letícia Rastelly

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Publicado em 05/01/2023, às 06h00


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Sol, calor, piscina, praia, salitre, aglomerações... Essa é uma verdadeira descrição do verão em Salvador, mas também são circunstâncias que podem desencadear ou agravar doenças oftalmológicas. Por causa disso, é necessário tomar alguns cuidados a mais com os olhos nesse período.

“O tempo fica mais quente, nós ficamos mais expostos a aglomerações, por causa das festas e, sem uma higiene adequada, acabamos levando as mãos aos olhos e nos contaminando”, explica a oftalmologista Luciana Brito.

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Entre as doenças que mais acometem os olhos neste período estão a conjuntivite e a ceratite. Entretanto, há enfermidades que podem ser agravadas ou ainda adquiridas pela exposição ao sol a longo prazo. Esse é o caso da catarata e do pterígio.

Conjuntivite

Com uma alta taxa de transmissibilidade, a conjuntivite, que pode ser bacteriana ou viral, é uma das doenças mais comuns desse período e, por isso, acaba sendo, por vezes, negligenciada, o que não deveria acontecer, já que há um tipo que pode ser mais grave que o comum.

“Normalmente a conjuntivite bacteriana, aquela que é a mais comum, o paciente acorda com o olho já grudadinho, como o povo costuma dizer, já cheio de remela”, explicou Luciana. Além do contágio que ocorre em aglomerações ou por levar aos olhos a mão contaminada, outra forma comum de adquirir a conjuntivite é usando óculos escuros de outras pessoas, que podem estar contaminadas e ainda nem saber.

A oftalmologista também indica que aquele que for diagnosticado com a conjuntivite deve evitar contato com os demais moradores da casa, mantendo objetos pessoais separados e lavar com frequência as mãos. Para evitar o contágio

Catarata

A catarata é uma degeneração natural dos olhos, mas no verão, por causa da exposição ao sol, essa doença pode agir mais rapidamente. “No verão o nosso olho fica muito mais exposto aos raios ultravioletas, até por causa da duração do dia, que é muito maior. Então se você já tem ali um processo de catarata começando, chega nesse período do ano e não protege os olhos, você pode acelerar um pouco mais a velocidade com que essa catarata está evoluindo. Podendo chegar a necessidade de operar”, detalhou a oftalmologista.

Ainda segundo Luciana, Salvador tem um dos maiores índices de raios ultravioletas do mundo, por isso é tão importante o uso frequente dos óculos de sol para evitar essa exposição dos olhos.

Pterígio

Além da catarata, outra doença que pode se agravar neste período é o pterígio, comumente conhecida como ‘carne no olho’. “O pterígio cresce mais a partir da exposição aos raios ultravioleta. Então quem já tem uma tendência ou tem ele em estágio inicial, para retardar o crescimento dessa degeneração, deve usar óculos escuros e colírio lubrificante”.

Arquivo/Agência Brasil
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Ceratite

Outra doença que costuma ocorrer no verão é a ceratite; uma inflamação da superfície da córnea, que é a área que protege a íris, aquela parte colorida do olho. Segundo Luciana, ela ocorre por causa de lesões solares, pelo próprio vento ou ainda pelo cloro existente em piscinas.

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“As vezes a pessoa toma banho de piscina com o olho aberto, só que o cloro é muito agressivo, podendo provocar a ceratite e até um as vezes uma ceratoconjuntivite, que a ceratite com a conjuntivite ao mesmo tempo. A pessoa acorda, as vezes sem secreção, mas sentindo como se tivesse um caminhão de areia dentro, com uma alta sensibilidade a luz e a sensação de um corpo estranho nos olhos”, relatou Luciana.

Nesse caso, assim como nos demais, é necessário que se procure de imediato um oftalmologista, pois não há como saber qual o curso da doença. Indo ao profissional é possível identificar e receber o tratamento necessário.

GLOBO/Alex Carvalho
GLOBO/Alex Carvalho

Óculos sem proteção adequada

Os óculos escuros de procedência duvidosa, sem um filtro de proteção solar também são extremamente nocivos aos olhos. Segundo Luciana, como se trata de um acessório de beleza, para ter mais de um, as pessoas acabam comprando óculos sem filtro UVA e UVB, que são os responsáveis por proteger os olhos dos raios nocivos ultravioletas.

“Isso pode provocar uma série de doenças na retina e ainda acelerar o aparecimento de catarata. Então, ao usar óculos sem esse filtro de verdade, o paciente pensa que está se protegendo, mas não está”, detalhou a médica.

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