Saúde

Cirurgia faz mulher diagnosticada com Parkinson voltar a correr

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"Agora posso caminhar": conta paciente que antes tinha episódios de total parada nos membros inferiores  |   Bnews - Divulgação Reprodução Freepik

Publicado em 08/04/2024, às 13h40   Redação


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Tremor na mão, rigidez muscular e a perda de equilíbrio são os principais sintomas da síndrome de Parkinson que, normalmente, atinge os idosos, pessoas acima dos 60 ou 65 anos. Porém, existe o Parkinson juvenil que afeta pacientes antes dos 21 anos de idade. Além do Parkinson de início precoce, que pode aparecer antes dos 45.

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Como aconteceu com a Alessandra Meneghini, que tinha 42 anos, quando sentiu os primeiros sinais da síndrome antes de correr. A empresária concedeu uma entrevista ao portal Metropóles para contar sobre os resultados de um processo cirúrgico que ajudou a controlar o Parkinson. Esse processo é de estimulação cerebral profunda (DBS, em inglês), eletrodos são inseridos no núcleo do cérebro para estimular o funcionamento dos neurônios. 

Alessandra se prepara para corrida, paixão esportiva da empresária
Foto: Acervo Pessoal

A cirurgia não é a cura dessa condição, mas funciona como um tipo de marca-passo cerebral, aliviando os sintomas. 

Um método parecido foi aplicado em um paciente que estava em estágio avançado e recuperou quase totalmente a capacidade de caminhar, devido aos eletrodos implantados em sua medula espinhal, diferente da brasileira que a ferramenta foi utilizada na área cerebral. 

Marc andando ao lado dos pesquisadores
Foto: Gabriel Monnet / Agência francesa AFP

Marc contou à agência francesa que descobriu a síndrome a 3 décadas, hoje ele tem 62 anos de idade e tinha grande dificuldade de caminhar, com episódios de “congelamento”, momento em que o paciente fica paralisado. 

Os pesquisadores e médicos suíços implantaram o sistema de alta complexidade composto por eletrodos chamado de "neuroprótese" em lugares chave ao longo da medula espinhal de Marc.

Os procedimentos cirúrgicos são distintos, porém possibilitaram a Alessandra e o Marc voltarem a ter qualidade de vida, mesmo que limitada, recuperando movimentos dos membros inferiores e superiores. 

De acordo com o presidente da Academia Brasileira de Neurologia, Dr. Carlos Roberto de Mello Rieder, o Parkinson precoce atinge cerca de 5% a 10% da população. A enfermidade quando começa antes da terceira idade normalmente é investigada a partir do ponto de vista genético. 

Tratamento com medicamentos

Antes da cirurgia, os pacientes devem ser submetidos a outras técnicas de tratamento, a Alessandra iniciou reposição de dopamina para controlar os sintomas. Mas, não adiantou, a doença continuou progredindo, o que gerou a tentativa da utilização de doses mais altas e com maior frequência. 

Com o avanço da síndrome, mesmo com o tratamento medicamentoso, o paciente deve passar pela cirurgia.

Depois da cirurgia 

Os pacientes Marc e Alessandra representam um número positivo, já que ambos tiveram sucesso na vida pós-cirurgia. A brasileira que tinha o sonho de ir ao banheiro e voltar para a cama sem a ajuda de ninguém, conseguiu realizá-lo já na primeira noite pós-cirurgia. 

"Agora posso andar de um ponto a outro sem me preocupar em como chegarei lá", disse o paciente que vive na França. Marc ainda reforçou:  "Posso dar um passeio, fazer compras sozinho. Posso fazer o que quiser".

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