Coronavírus

Índia pretende oferecer vacina contra o coronavírus até 15 de agosto; cientistas dizem que é inviável

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Apesar de ser considerada menos danosa, a tecnologia utilizada no experimento tem riscos  |   Bnews - Divulgação Pixabay

Publicado em 09/07/2020, às 20h50   Redação BNews


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A Índia anunciou que terá a vacina contra o coronavírus em 15 de agosto. Nesta semana, o país já começa os ensaios clínicos em humanos da imunização desenvolvida em tempo recorde, em parceria com uma empresa de biotecnologia. Especialistas, no entanto, acreditam que o prazo é irreal.

O objetivo do governo é que a substância esteja pronta para ser oferecida à população em 15 de agosto, dia da independência indiana. Segundo o Correio Braziliense, a fórmula chamada de covaxin usou o vírus inativo da Covid-19 para fazer com que o organismo produza anticorpos.

“Como um corpo de cientistas — incluindo muitos que estão envolvidos em vacinas em desenvolvimento —, a Academia acredita firmemente que o cronograma anunciado é inviável. Esse calendário levantou esperanças e expectativas irreais nas mentes dos nossos cidadãos”, afirmou a Academia Indiana de Ciência.

Apesar de ser considerada menos danosa, a tecnologia utilizada no experimento tem riscos. Como defesa, o governo indiano informou, através de um comunicado, que todos os procedimentos de segurança estão de acordo com as normas internacionais. 

De acordo com o Instituto Nacional de Virologia, que está produzindo a fórmula experimental em conjunto com a Bharat Biotech International, nos países em que vacinas contra o coronavírus estão sendo pesquisadas, as fases foram adiantadas. No primeiro ensaio com humanos, serão utilizados 375 voluntários em 12 centros clínicos da Índia. Em seguida, serão 750 participantes, entre 20 e 50 anos e saudáveis.  

Os resultados finais só devem aparecer entre seis a oito meses. No entanto, se a substância se apresentar segura e for verificada a produção de anticorpos no organismo de quem a recebeu, ela será disponibilizada já em 15 de agosto, conforme o governo indiano.

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