Coronavírus

“Somos essenciais para trabalhar, devemos ser prioritários para vacinar”, diz Sinjorba após reunião com o MP

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O presidente da entidade fez questão de destacar que não existe decisão oficial que suspenda a vacinação e as secretarias municipais de Saúde devem seguir a decisão da CIB  |   Bnews - Divulgação Reprodução/ Instagram

Publicado em 20/05/2021, às 14h57   Márcia Guimarães


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Representantes do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado da Bahia (Sinjorba) se reuniram com procuradores do Ministério Público estadual, nesta quinta-feira (20), para discutir a vacinação de profissionais da imprensa contra a Covid-19. A entidade de classe apresentou dados que nortearam o pedido para a inclusão da categoria no plano de imunização.

Na quarta-feira (19), os Ministérios Públicos Federal (MPF) e do Estado da Bahia (MP-BA) pediram que a vacinação contra a Covid-19 se atenha ao Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação (PNO). A recomendação é que qualquer antecipação de grupos prioritários apresente, previamente, os critérios técnico-científicos que embasam a decisão sobre a vacinação. 

O presidente do Sinjorba, Moacy Neves, fez questão de destacar que não existe decisão oficial que suspenda a vacinação e as secretarias municipais de Saúde devem seguir a decisão da Comissão Intergestores Bipartite (CIB), que é de imunizar jornalistas com idade superior a 40 anos. 

“Apresentamos aos procuradores presentes dados e números que nortearam nosso pedido de inclusão no plano de vacinação. Explicamos que fizemos uma tentativa de discussão com o Ministério da Saúde, mas não obtivemos sucesso. O Ministério sequer respondeu o ofício do Sinjorba para discussão do tema e aos ofícios enviados por sindicatos de todo o país e pela Fenaj. Não nos restou alternativa senão apresentar os números aos secretários municipais e estadual para que discutissem o tema na CIB”, explicou Neves. 

Ele contou que, na reunião de hoje, o Ministério Público argumentou que defende apenas que o plano nacional de imunização não seja modificado no âmbito dos estados. O Sinjorba, por sua vez, destacou que o plano está equivocado por não incluir como prioritárias as categorias que o próprio decreto federal estabelece como essenciais.

“Como não conseguimos discutir o plano, nós tomamos a iniciativa no âmbito local. Inclusive, instamos o Ministério Público a que eles façam essa provocação do plano nacional que está errado porque não inclui as categorias essenciais [...] Somos essenciais para trabalhar, devemos ser prioritários para vacinar. Não queremos essencialidade para morrer no exercício do nosso trabalho que é fundamental para o entendimento da sociedade sobre a Covid-19”, acrescentou o presidente. 

Neves adiantou que o Sinjorba e demais entidades que representam a categoria estão disponíveis para ajudar as secretarias municipais no cadastramento e na identificação dos profissionais que “verdadeiramente precisam ser imunizados”.

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