Coronavírus

Quase 60 mil pessoas não completaram imunização contra covid-19 em Salvador

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Prefeitura busca facilitar imunização na capital baiana  |   Bnews - Divulgação Dinaldo Silva/BNews

Publicado em 23/08/2021, às 17h24   Redação BNews


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Em Salvador, 58 mil pessoas não completaram o esquema vacinal contra covid-19, doença causada pelo coronavírus, ou seja, tomaram apenas a primeira dose de algum imunizante e não retornaram para a segunda. A informação foi confirmada pelo prefeito Bruno Reis (DEM) durante agenda nesta segunda-feira (23), no bairro do Imbuí.

Os faltosos da imunização não param nos quase 60 mil que não retornaram para completar a vacinação. Na capital baiana, 125 mil pessoas não tomaram a primeira dose de algum imunizante e os jovens entre 18 e 21 são responsáveis por 40% desse total, 50 mil jovens ainda não foram se vacinar contra covid-19.

“Temos em Salvador 125 mil pessoas que não foram tomar a primeira dose, é triste ter que dizer isso. 58 mil pessoas não foram tomar a segunda dose, a cidade não pode ficar refém dessas pessoas […] Nós temos vacinas e as pessoas não estão indo se vacinar, a cidade precisa que essas pessoas tenham responsabilidade”, afirmou o gestor.

Em pronunciamento, o prefeito de Salvador apelou para que as pessoas vão tomar vacina, assim fazendo com que a capital baiana possa retomar o ritmo de vida pré-pandemia. O demista ressaltou que não está descartado tomar medidas para dar um ar de “obrigatoriedade” à vacinação, contudo afirmou que prefere continuar a acreditar no diálogo e na conscientização das pessoas.

Bruno Reis voltou a destacar que o alto custo dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é um empecilho para a manutenção de hospitais de campanha abertos indefinidamente. O prefeito ressaltou ainda que a volta de eventos, como shows, festas, réveillon e carnaval está condicionada a imunização da população soteropolitana. 

“[…] Querem a volta das festas, dos shows, carnaval. Depende de vocês, vão se vacinar e aí podemos tratar esses temas com segurança. Para shows e festas, com toda certeza sim [será necessário comprovar vacinação] ou então um exame RT-PCR com resultado negativo e feito nas últimas 72 horas. Vão se vacinar, gente”, complementou.

Com o intuito de facilitar a imunização, a gestão da capital baiana anunciou que a vacina contra o coronavírus também será aplicada nas prefeituras-bairros da cidade. As prefeituras-bairros estão sendo frequentadas para atualização ou recadastramento do cartão SUS, item necessário para a vacinação na capital baiana.

Adolescentes e idosos

Nesta segunda, Salvador iniciou a vacinação de adolescentes entre 12 e 17 anos, com comorbidades.  O demista destacou ainda que aguarda a liberação da Comissão Intergestores Bipartite (CIB), responsável pela estratégia de vacinação na Bahia, para iniciar a imunização de adolescentes de 12 a 17 anos sem comorbidades. 

“Posso até o final de agosto, se as vacinas chegarem e a CIB permitir, concluir a vacinação de todos acima de 12 anos”, afirmou.  

Bruno sinalizou que o reforço da imunização em idosos poderá ter início assim que a capital baiana finalizar a vacinação de adolescentes. Apesar da dose de reforço ainda não ser um consenso, países como Chile, Uruguai e Israel já iniciaram a medida. 

O prefeito alertou que o avanço da variante delta do coronavírus tem afetado idosos que já foram vacinados anteriormente. 

Praias lotadas

O demista afirmou que pode voltar a adotar o fechamento das praias em Salvador após novas aglomerações serem registradas na praia do Porto da Barra pelo segundo final de semana consecutivo. Lotada, a praia chegou a ser fechada e as pessoas apenas podiam sair e a entrada não era permitida. 

“Não descarto fechar novamente as praias nos fins de semana […] Por enquanto, a medida a ser adotada é fechar a praia quando chegar a uma quantidade de pessoas que gere aglomeração ”, afirmou o prefeito. 

Em apelo, Bruno incentivou que outras praias do litoral baiano sejam frequentadas, para que não ocorra aglomeração na praia do Porto da Barra. 

“Nós sempre dissemos com toda a clareza que nós não tínhamos condições de controlar 64 quilômetros de orla […] Se por um lado é difícil controlar 64 quilômetros de orla, por outro lado nós temos praia suficiente para toda a população e temos diversas outras praias que são tão encantadoras como o Porto da Barra. Peço às pessoas que se distribuam nas praias”, finalizou.

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