Saúde

Criança asmática de 12 anos entra em coma por usar vape

Reprodução/Belfast Live
Criança teve uma grave infecção no pulmão por ter usado vape  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Belfast Live

Publicado em 10/10/2023, às 17h48   Cadastrado por Victória Valentina


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Uma menina de apenas 12 anos foi internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e precisou ficar em coma induzido após usar vape, o famoso cigarro eletrônico. A mãe da criança, Mary Griffin, fez um desabafo emocionante relatando o medo de perder a filha, Sarah. O caso aconteceu em Belfast, na Irlanda.

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Segundo a mulher, o caso aconteceu em uma noite de domingo, quando a menina, Sarah, se preparava para dormir e relatou que não estava se sentindo bem. "Ela começou a tossir, mas como tem asma, achamos que era por conta da mudança do clima, já que isso já serviu como um gatilho para as crises", contou ao Belfast Live.

Ainda segundo Mary, a tosse de Sarah parecia muito com todas as outras, e fez a filha usar inalador e nebulizador na tentativa de cessar o sintoma. Após levar os outros dois filhos para a escola, a menina ligou para a mãe alegando estar sem ar e pedindo para ir ao hospital.

No pronto-socorro, ela foi examinada por uma enfermeiram, que atestou que os níveis de oxigênio estavam muito baixos. “Ela estava tomando oxigênio e ligada a todos os tipos de máquinas. Havia uma equipe médica ao seu redor, avaliando-a, e eles disseram que ela precisava ir para a UTI porque estava piorando muito rapidamente”, disse Mary.

“O médico me mostrou uma radiografia dos pulmões de Sarah e explicou que um deles estava gravemente lesionado. O outro estava, portanto, fazendo horas extras e agravando a asma. Sarah também teve uma infecção, então, tudo isso combinado teve um impacto enorme em seu corpo, de forma extremamente rápida”, explicou.

A equipe médica tentou cuidar de Sarah por quatro horas e meia antes de ser colocada em coma induzido. “Como mãe, me senti muito impotente – foi um pesadelo que se tornou realidade. Sarah tem um irmão mais velho e dois irmãos mais novos e tentar explicar a eles o que estava acontecendo foi horrível. Eles perguntavam se ela iria morrer, e eu respondia: 'Claro que não', mas, na minha cabeça, eu estava com medo de que essa fosse uma possibilidade real. Tive que tentar me controlar por eles, mas estava louca de preocupação. Nunca pensei que algo assim aconteceria conosco”, afirmou a mãe.

Após três dias em coma, os médicos finalmente se sentiram seguros em tirar a menina dos aparelhos. "Eles explicaram que se Sarah não estivesse fumando, ela estaria em melhor posição para combater a infecção. O uso do vape deixou seus pulmões muito fracos. Os médicos disseram que se Sarah tivesse chegado ao hospital mais tarde, o resultado teria sido totalmente diferente. Isso é algo em que nem consigo pensar”

Segundo Fidelma Carter, chefe de saúde pública do Chest Heart & Stroke da Irlanda do Norte, o maior equívoco sobre os vaporizadores é a crença de que eles são inofensivos em comparação com os cigarros tradicionais.

“Isso não é verdade e é essencial que essa mensagem seja alterada para evitar que os jovens adotem o hábito de vaporizar, achando que não correm riscos”, afirma Fidelma. Ela acrescentou que as implicações de longo prazo para a saúde relacionadas ao uso de cigarros eletrônicos ainda são desconhecidas, assim como eram com o tabaco.

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