Saúde

Falsos médicos com diplomas fraudados participaram do Mais Médicos

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Até o momento, 65 registros médicos obtidos com documentos falsos foram anulados  |   Bnews - Divulgação Reprodução/TV Globo

Publicado em 04/07/2023, às 08h16   Redação BNews


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O grupo de falsos médicos que desembolsaram cerca de R$ 400 mil para conseguir diplomas fraudados integraram, em grande parte, a Universidade do Estado da Bahia (Uneb). Além disso, outro detalhe envolve a participação deles no Programa Mais Médicos do governo federal. 

A Polícia Federal (PF), por meio da segunda fase da Operação Catarse, descobriu que a quadrilha conseguiu cerca de 65 registros junto ao Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj). Eles usavam alguns documentos falsos para obtê-los. A princípio, três homens apontados como integrantes do esquema foram presos. 

Do contrário, uma mulher, apontada como líder da quadrilha, continua foragida. De modo a ‘driblar’ o Cremerj, os suspeitos produziam diplomas falsos com papéis qualificados e reproduziam os logotipos de instituições de ensino do país. Ainda conforme a PF, várias comprovações de formação acadêmica se conectavam, de forma falsa, à Universidade do Estado da Bahia (Uneb). 

Valores entre R$ 45 mil e R$ 400 mil eram cobrados pela quadrilha para conseguir o registro junto a Cremerj. Como as universidades são as responsáveis por encaminhar a primeira documentação formal dos recém-formados, a quadrilha tinha a intenção de dificultar a checagem, com a falsificação dos diplomas de instituições de outros estados.

Profissionais de saúde, como enfermeiros, são alvos da operação. Em depoimento, os falsos médicos indicaram que foram vítimas de golpe da quadrilha. Registros dos falsos profissionais no Mais Médicos, programa do governo federal que visa suprir a carência de médicos nos municípios do interior e nas periferias de grandes cidades, foram encontrados, foram notificados, de acordo com o jornal Correio.

O Ministério da Saúde alegou, por meio de nota, que não havia sido oficialmente notificado pelo PF, “mas desde já esclarece que é vítima de fraude e que irá colaborar com as investigações da Polícia Federal. O programa Mais Médicos (MM) verifica os documentos dos candidatos formados no país com base no cadastro do Conselho Federal de Medicina”.

Além disso, a pasta federal indicou que “um dos supostos falsos médicos foi incorporado ao programa em 2016, tendo obtido prorrogação de adesão por três anos, em 2019. Já a suposta falsa profissional ingressou no MM em 2019, tendo prorrogado o vínculo por um ano, em 2022”.

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