Saúde

Mãe de 2 filhos sofre convulsão após usar caneta emagrecedora falsificada

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Em razão deste mecanismo, quem utiliza o remédio sente menos fome e, consequentemente, se alimenta menos e emagrece  |   Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 09/12/2023, às 19h01   Cadastrado por Bruno Guena


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A mãe de dois filhos, Michelle Sword, de 40 anos, se assustou ao ver uma foto dela em que, de acordo com ela, tinha aumentado de peso consideravelmente. “Eu estava usando um vestido de veludo preto com botas. Estávamos todos nos inclinando para tirar uma foto e eu estava enorme. Me senti horrível”, lembra ela.

Por isso, ela resolveu experimentar o famoso Ozempic pela primeira vez. O princípio ativo do remédio é a semaglutida, uma forma sintética do hormônio GLP-1, que promove a saciedade. O medicamento age no corpo imitando um hormônio relacionado ao apetite e à alimentação, ajudando a promover a produção de insulina e, dessa forma, a reduzir os níveis de glicose no sangue do indivíduo.

Em razão deste mecanismo, quem utiliza o remédio sente menos fome e, consequentemente, se alimenta menos e emagrece.

Sword foi a uma farmácia on-line e respondeu a um questionário médico "bastante detalhado" antes de receber um pacote pelo correio contendo diversas canetas Ozempic, cada uma das quais entregando uma dose medida para ser injetada na coxa uma vez por semana.

“Cada caneta dá quatro doses. E a cada dose ele para quando você clicou, e essa é a sua dose”, diz. Naquela oportunidade, porém, o medicamento pago, ela afirma que não sentiu fome e quando comia eram somente pequenas quantidades.

Ela teve a perda de peso, mas o efeito do medicamento não durou muito. Em partes devido ao seu novo trabalho sedentário como recepcionista. Ela então resolveu comprar novas doses de ozempic, o remédio chegou dois dias depois pelo correio, porém dessa fez foi diferente.

O produto foi injetado por ela, mas a dose da caneta não parou e Sword seguiu injetando o medicamento. Segundo ela, não sabia o que era a dose, então resolveu parar por conta própria, mas mesmo assim achou que tinha injetado um pouco em seu corpo.

Após 15 minutos ela começou a sentir tonturas e desorientação. “Eu deveria sair com uma amiga, mas percebi que não estava bem”. Ela disse a filha que iria deitar para descansar um pouco, mas acabou desmaiando na sala.

“Graças a Deus não fui para a cama, porque minha filha teria me deixado dormir e eu não teria acordado”, diz ela calmamente.

Mais tarde, os médicos afirmaram que a mulher tinha na verdade tomado 18 unidades de insulina pura, pessoas com diabetes geralmente tomam entre duas e quatro.

“Eu deveria ter pensado melhor. Eu ensino meus filhos a fazer melhor e eu mesmo não sigo as mesmas regras. Tive que me desculpar com os dois por fazer-los passar pelo que fiz”, revela.

“Os médicos me deram um saco de glicose e, quando chegaram ao hospital, foram levados direto para a reanimação. Havia umas sete ou oito pessoas na sala aplicando injeções por toda parte. Minha frequência cardíaca estava atrapalhando, tudo estava começando a piorar e eles estavam literalmente lutando para me manter vivo naquele momento. Os médicos disseram que eu sou um milagre”, afirma a mulher.

Hoje, ela está bem e comenta sobre o assunto abertamente para alertar sobre os perigos dos vendedores não licenciados na internet, mas também para ressaltar o perigo paralelo da relação, por vezes um pouco saudável, das mulheres com o que veem no espelho.

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